Tripulantes de cabine da TAP em greve de 9 a 11 de Fevereiro

Tripulantes de cabine da TAP em greve de 9 a 11 de Fevereiro

Os tripulantes de cabine da TAP decidiram avançar para a greve entre 9 e 11 de Fevereiro, que se pode alargar em Março, em defesa da negociação colectiva, dos direitos de parentalidade e de aumentos salariais.

A decisão de avançar para a greve foi tomada ontem, na assembleia geral do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), em Lisboa. Para além dos dias 9, 10 e 11 de Fevereiro, os trabalhadores mandataram a direcção do sindicato para apresentar novos pré-avisos até três dias a cada mês, caso a administração da TAP «continue a manter a mesma postura intransigente e de má-fé».

Os tripulantes de cabine da TAP contestam a intenção da equipa de gestão, que tem como presidente não-executivo o ex-deputado do PSD e antigo quadro do BES Miguel Frasquilho, de denunciar o acordo de empresa. Na moção votada ontem, os trabalhadores acusam a administração de querer «retirar direitos e diminuir as condições de trabalho».

É ainda apontado o incumprimento relativamente aos direitos de parentalidade e o não reconhecimento de acidentes de trabalho pela empresa. Também o «protocolo de operação» dos A330 (aeronaves de médio e longo curso) não é respeitado em matérias relacionadas com as condições de trabalho e descanso dos tripulantes de cabine.

Os trabalhadores lembram que, apesar da TAP ter crescido 21,7% em número de passageiros no último ano, os tripulantes de cabine não têm qualquer actualização salarial há oito anos. A proposta da administração para este ano é de um aumento de 1%, que classificam como «insultuosa», e acrescentam que um tripulante de cabine que seja contratado pela TAP vai ganhar apenas mais 13 euros que o salário mínimo.

A direcção do SNPVAC ficou ainda mandatada a apresentar pré-avisos de greve a partir de 28 de Março para os voos em aparelhos A330 até ao cumprimento do protocolo de operação da aeronave.

A TAP era uma das empresas que integravam o lote que o anterior governo pretendia privatizar. A venda foi parcialmente travada pelo actual Executivo, que se mantém como maior accionista da empresa, com 50% do capital.

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