As exportações brasileiras não param de crescer: no acumulado do ano, com 236 dias úteis, as vendas já contabilizam US$ 111,180 bilhões, valor 22,8% superior ao do período de janeiro a dezembro (até a segunda semana) de 2004.
Na segunda semana de dezembro, entre os dias 05 e 11, o saldo na balança comercial alcançou a casa dos US$ 643 milhões. Com cinco dias úteis, o país vendeu US$ 2,478 bilhões. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as vendas para o mercado internacional apresentaram alta de 34,7%, frente a dezembro do ano passado.
Entre as categorias de produtos exportados, os básicos tiveram maior destaque, com crescimento de 66,2%: soja em grão, fumo em folhas, minério de ferro, minério de alumínio, algodão em bruto, farelo de soja e carne suína, bovina e de frango.
Os semimanufaturados também apresentaram bom desempenho nas exportações e registraram alta de 27,3%, motivado por óleo de soja em bruto, catodos de cobre, celulose, alumínio em bruto, produtos semimanufaturados de ferro/aço, ferro fundido, madeira serrada e açúcar em bruto. Em seguida ficaram os manufaturados com 25,3% de aumento nas vendas óxidose hidróxidos de alumínio, óleo de soja refinado, álcool etílico, fio-máquina de ferro/aço, veículos de carga, aviões, aparelhos transmissores e receptores, automóveis, tratores, autopeças e motores para veículos.
Faltando pouco menos de um mês para o término de 2005, a balança comercial brasileira continua acumulando valores recordes. Temos convicção de que a meta de exportação (US$ 117 bilhões) será atingida com tranqüilidade e com isto a corrente de comércio (exportação + importação) representará aproximadamente 30% do PIB brasileiro, diz o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan.
Até novembro, as vendas externas brasileiras atingiram US$ 107,4 bilhões, um crescimento de 23,1% em relação ao acumulado em 2004. No caso das importações, o aumento foi de 17,2%, para US$ 66,979 bilhões. O saldo comercial também é o maior valor já obtido pelo País: US$ 40,433 bilhões, ante US$ 30,155 bilhões do período janeiro-novembro do ano passado.
Para o MDIC, a diversificação dos produtos exportados e a variedade de países que comercializam com o Brasil foram fundamentais para os bons resultados alcançados no ano. Em novembro, vários países não tradicionais apresentaram crescimento, com destaque para Coréia do Norte (+838,6% em relação a 2004), Zâmbia (+593%) e Áustria (+220%).
Além disso, é preciso destacar o crescimento das manufaturas (produtos com alto valor agregado), cujas exportações em novembro chegaram a US$ 5,899 bilhões, um crescimento de 26,4% sobre novembro do ano passado. Este valor se deve, principalmente ao aumento nas vendas de gasolina (+566%), máquinas e aparelhos para terraplanagem (+78%) e fio-máquina de ferro/aço (+75,4%). No ano, essa categoria de produto já representa 54,8% da pauta de exportação brasileira.
Outro ponto que merece ser destacado é a retomada das vendas para a China. Em novembro, as vendas para este país chegaram a US$ 715 milhões, um crescimento de 124% sobre o mesmo período de 2004. No início do ano, chegamos a registrar queda nas vendas brasileiras para a China, fato que se normalizou neste segundo semestre, afirma o secretário de Comércio Exterior, Armando Meziat. Na média do ano, as exportações para China estão 20,5% maiores.
Com relação às carnes, o secretário explicou que, mesmo com o problema da restrição de outros países devido à febre aftosa, a meta para o setor (incluindo carne bovina, de frango e suína in natura e carnes industrializadas) continua em US$ 8 bilhões para o ano, por conta do crescimento acima do esperado nas exportações das demais carnes que compensariam a perda.
De janeiro a novembro, o Brasil já exportou US$ 2,257 bilhões em carne bovina in natura, enquanto a previsão para todo o ano é de US$ 2,6 bilhões. Esperamos uma perda de US$ 200 milhões a US$ 250 milhões nas exportações, mas compensadas pelo aumento das vendas de carne bovina industrializada (de US$ 600 milhões para US$ 620 milhões no ano) e da carne de frango (de US$ 3,1 bilhões para US$ 3,3 bilhões), informou Meziat.
Para 2006, o Ministério do Desenvolvimento continua mantendo a meta inicial de US$ 120 bilhões, que indicaria a duplicação das exportações brasileiras nos quatro anos de governo Lula.
Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República
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