OS VICES, ORA, OS VICES

Os vice-presidentes são geralmente escolhidos para integrar uma chapa, para consolidar uma coligação e às vezes, para ajudar a atrair alguns votos com seu carisma como Lula em 1998 que, numa tentativa de atrair mais votos, escolheu Brizola como seu vice, entretanto, deve também, ser uma escolha cuidadosa para que represente apenas, um vice e não tente apagar o brilho do próprio presidente, mas, se não ocorrer nenhuma eventualidade e chegarem a assumir o poder, são esquecidos.

Nos Estados Unidos da América, os vice-presidentes são escolhidos para que, em caso de um segundo mandato do titular, possa representar uma continuidade do domínio do partido, eis que nos EUA, não é necessário que haja coligações com a polarização partidária entre republicanos e democratas. O único a conseguir esta proeza foi Ronald Reagan que conseguiu eleger seu sucessor, no caso George Bush, o pai, sustentado em sua enorme popularidade.

Dwight Eisenhower nos anos 1950 e Bill Clinton, nos 1990 quase conseguiram, mas seus respectivos vices, Richard Nixon e Al Gore, tiveram de enfrentar os carismáticos, John Kennedy e George Bush, o filho.

Há também os vices que não precisaram aguardar longos oito anos para assumir o poder, auxiliados por fatalidades e que deixaram seu nome na história norte-americana como Henry Truman, Lyndon Johnson e Gerald Ford.

No Brasil, o princípio e diferente dos EUA, pois os vices não significam continuidade pois geralmente são de outra legenda e somente tinham alguma representatividade quando eram eleitos separadamente embora também fossem condenados ao ostracismo, o que não foi o caso de Café Filho, vice de Getúlio Vargas e João Goulart, vice de Jânio Quadros e Juscelino Kubitscheck, o mais famoso e também de José Sarney, vice de Tancredo Neves e e Itamar Franco, de Fernando Collor..

Exceto por estes casos, os vice-presidentes foram todos esquecidos. Poucos, por exemplo, lembram-se de Aureliano Chaves, o vice de João Figueiredo que até mesmo conseguiu uma pequena proeza ao assumir o poder face ao tratamento coronário de Figueiredo, concedendo autonomia a Santos e também, embora recente, Marco Maciel, o vice de Fernando Henrique, já caiu no esquecimento, ajudado também, por sua pouca comunicabilidade, o que foi bastante conveniente para FHC, pois o seu brilho jamais poderia ser apagado.

José Alencar aparentemente, está quebrando quebrar esta escrita e não quer ser apenas um fantoche, especialmente quando é o próprio presidente que é o fantoche. Assumiu o Ministério da Defesa que ele pensou ser apenas para comandar militares, o que no Brasil de hoje, significa pouco trabalho, mas também tem de cuidar da aviação civil e, quando percebeu que havia mais trabalho do que pensava, demonstrou um certo arrependimento.

José Alencar também quer ser uma voz retumbante, mesmo que seja uma voz contra o próprio governo. Neste caso, está combatendo veementemente, a política os juros o que pode parecer uma atitude de um homem cônscio de suas responsabilidades cívicas e que quer sempre o melhor para o país, mas ele apenas quer proteger seu “gado”, pois é um grande empresário do setor têxtil de Minas Gerais que, provavelmente, tem dívidas com o setor bancário que estão cada vez maiores.

Se acaso Lula, o Corinthiano, sofresse um processo de “impeachment” e José Alencar assumisse a Presidência da República, certamente teríamos uma interferência na política econômica o que não é bom para país algum, aumentariaq nosso reisco-país e nosso “investmemt grade” estaria cada vez mais distante, mas , por sorte, tal não ocorrerá e José Alencar, como seua pares, também cairão no ostracismo.

José Schettini Petroólis BRASIL

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