Louçã denuncia precariedade laboral

Louçã denuncia precariedade laboral

Francisco Louçã afirmou ter encontrado, esta terça-feira, na central termoeléctrica de Sines, um exemplo flagrante de precariedade de trabalho. A situação foi-lhe relatada pela Comissão de Trabalhadores. Louçã reuniu-se também com a administração da empresa e visitou a central. Reuniu-se ainda com a Comissão de Trabalhadores da Repsol, mas teve que o fazer num restaurante, já que a empresa não autorizou a visita.

A central termoeléctrica de Sines é responsável pela produção de 23% da electricidade que é consumida em Portugal. Foi construída como resposta às crises petrolíferas de 1973 e 1979 e ficou concluída dez anos depois. O primeiro grupo produtor entrou em serviço em 1985.

A Comissão da Trabalhadores relatou a Louçã o processo de reestruturação por que tem passado toda a EDP, que passou em cerca de 10 anos de 20 mil trabalhadores para pouco mais de 8.500. Apesar da diminuição, o que se observa não é a redução de trabalho mas sim a redução da eficiência dos serviços (redução de três para dois turnos de piquete, por exemplo) e o recurso às empreiteiras e à mão-de-obra precária. Na central termoeléctrica de Sines, por exemplo, há 170 trabalhadores que são funcionários da EDP e outros 180 que são de empreiteiras e não têm os mesmos direitos. Estes trabalhadores mudam de empresas quase todos os anos, com contratos de três ou seis meses, mas cumprem sempre as mesmas funções – alguns há quinze anos.

Luís Carvalho

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