A canção é antiga, bem antiga, imortalizada na voz da diva Elis Regina, acho que da safra de Ivan Lins e Vitor Martins: "Cai o Rei de Espadas, cai o Rei de Ouros, cai o Rei de Paus, cai, não fica nada". Este é com certeza o tema musical do sufrágio petista, que segue a cartilha do castelo de cartas ruindo, figura por figura caindo, sendo enlameada e afundada no jogo sujo e barato da nossa rasteira política nacional, em que vale tudo para cada um ganhar seu tento. No poder, o Partido dos Trabalhadores ruiu como um castelo de cartas, frente aos olhos desesperançosos da Nação. Em cada brasileiro ficou a impressão de que tudo não passou de um blefe, de um jogo de cartas marcadas para tudo continuar como sempre está e estava. Do PT antigo não ficou nada, nem as marcas do sofrimento talhadas no rosto de Lula e agora apagadas pelo botox do poder.
À mesa em que se partiam o baralho e se davam às cartas, sentaram-se alguns, embaralhando interesses e distribuindo apostas feitas com o dinheiro do povo.
Em cima das estatais, ficaram alguns curingas, outros foram ocupando aqui e ali, até fazerem do governo uma mina para ser garimpada pelos grileiros do poder.
Dos três reis magros petistas, Dirceu, Gushiken e Palocci; um foi fuzilado, outro rebaixado e o último agoniza junto com o poder lulista, um poder cambaleante, bêbado em suas próprias debilidades, embriagado pelas suas inverdades e ambições. O ideário petista era no fundo um castelo de areia, que com os seus 25 anos de lutas, não sobreviveu aos dois anos do governo Lula.
Lula é um Rei Cara de Paus, um rei menor, imperador de um feudo, de uma colônia que ele insiste em não libertar, em não tornar uma grande Nação. Isso vai levando nossa pátria amada às mesmas condições de 500 anos atrás, quando tudo que era extraído e produzido aqui, era levando pela guarda real para a grande Portugal, a grande metrópole. Para a grande Portugal de hoje, como a grande Portugal de outrora, o governo Lula permite que nos seja levado pela sua política irreal, R$ 350 milhões diários, a título de pagamento dos juros da dívida eterna. Com se fizesse uma grande jogada, Lula descartou o FMI para ficar cada vez mais fiel a ele, rendido e entregue às suas amarras.
As epidemias de agora vem apenas recompor o cenário, com a volta da tuberculose, da febre maculosa, da hanseníase, da febre aftosa e a eterna doença servil daqueles que vivem abaixo da linha do Equador.
O governo Lula é mais ou menos isso aí, um governo de cartas marcadas, de vergonhosas apostas e pequenas jogadas. Um governo de sopapos, de surras, disputado como se você em rinha de galos, com apostas para ver quem denuncia, quem entrega e até quem derruba o outro com uma única jogada.
Petrônio Souza Gonçalves é jornalista e escritor
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