Durante o encontro, foi lido um documento de 13 pontos, em que 1.800 dirigentes sindicais convocam os companheiros de todos os Estados a ser organizarem em torno do revigoramento da vida partidária, o que inclui atos de filiação em larga escala.
Somente nas duas horas do evento de hoje, 220 sindicalistas se filiaram ao PT, entre eles o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopes Feijoó. Embora petista de longa data, Feijoó não pertencia aos quadros partidários.
Sempre estive na militância sindical, ajudei a construir o partido, mas nunca achei que fosse preciso ser filiado. Hoje, quando sofremos os ataques que estamos sofrendo, e que pessoas resolvem sair do partido, eu decide entrar. Este não é o momento de sair. É o momento de ajudar a reconstruir, disse ele.
Participaram do ato o presidente nacional da CUT, João Felício; o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino; o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo Lage; o presidente da CUT estadual (SP), Edílson de Paula; a presidente do Sindsaúde, Célia Regina Costa; e dezenas de outras lideranças sindicais.
Pela direção do PT, estavam Ricardo Berzoini, presidente; Raul Pont; secretário-geral; Valter Pomar, secretário de Relações Internacionais; Tarso Genro, ex-presidente; e Markus Sokol, integrante do Diretório Nacional.
Após a manifestação, os sindicalistas caminharam até a sede nacional do PT e entregaram à Berzoini, na porta do partido, as 220 novas filiações.
É uma alegria receber estas fichas no dia em que se comemora três anos da eleição do presidente Lula, no dia em que o próprio presidente faz aniversário e no dia em que vai ao ar o programa de TV do PT, que mostra o sucesso do PED (Processo de Eleições Diretas) e as grandes realizações do nosso governo. É um dia mais do que simbólico, afirmou.
Antes, durante o ato, Berzoini contou que outras 200 filiações aconteceram durante a posse do deputado Chico Vigilante (PT-DF) como presidente do partido no Distrito Federal, na quarta-feira.
A mobilização da militância no PED foi o começo da virada. O PT não é um partido de deputados, de senadores, de prefeitos ou do presidente da República. O PT é o partido dos trabalhadores. A alma do PT é a militância, é a mobilização, disse Berzoini.
Após fazer um rápido balanço do governo Lula e da crise, com críticas à oposição e a setores da mídia, Berzoini falou da importância de um ato como o desta quinta-feira para o partido.
O PT constrói a sua força de baixo para cima. É essa base popular que vai garantir a reeleição do presidente Lula em 2006 e a vitória dos trabalhadores.
Jeito de ser
Entre os sindicalistas que falaram no evento, João Felício, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), lembrou que o movimento iniciado hoje vai além das tendências internas do PT já que reuniu representantes de várias correntes e coloca o partido no caminho da unidade.
Para Felício, o PT tem sido vítima do maior preconceito de classe já orquestrado no Brasil. Mas com certeza eles não vão conseguir acabar com a gente. O PT não é uma sigla; é um jeito de ser. O jeito de ser petista permanece no nosso coração e na nossa alma. É essa prática, esse movimento que nós consolidamos. Com isso eles não vão acabar, afirmou o dirigente.
Ele ainda conclamou os presentes a se solidarizarem com o deputado federal José Dirceu (PT-SP), que luta contra um processo de cassação sem provas, e com os demais petistas envolvidos em supostas irregularidades, para que tenham o pleno direito de defesa.
Em sua fala, o presidente da CUT-SP, Edílson de Paula, adiantou que eventos de apoio como o desta noite se repetirão por todo o país. Saio daqui com compromisso de voltar para as nossas bases e retomar aquilo que nós construímos ao longo destes anos todos, anunciou.
PT
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