A demolição de algumas barracas de venda no centro da capital são-tomense ( Mercado Mimo 22) para a construção de um novo mercado de (Ponto), está a colocar centenas de vendedores de rua em conflito com as autoridades distritais. Os vendedores acusam a empresa a que o governo adjudicou as obras de terem destruído o seu lugar de venda, mas a empresa refuta as acusações.
Há mais de sete anos que este espaço foi ocupado por várias dezenas de vendedores de rua para a venda de roupas usadas e de vários materiais de construção. Entretanto, há dois anos o governo avançou com as obras de construção do novo mercado de (Ponto) como forma de descongestionar a maior feira da capital.
«Chegamos cá e encontramos caterpilares e o engenheiro da obra disse no momento que iriam demolir isto tudo para o nascimento duma via, mas eles deviam ter nos avisado antes, não nos disseram nada e só vimos caterpilares a demolir as barracas», reclamou Carlos Costa, presidente da Associação dos vendedores.
Porque dizem ter ocupado o local com o consentimento das autoridades camarárias e policiais, afirmam estar agora indignados com as autoridades e garantem por isso que vão ficar no local até o governo demonstrar abertura para negociar. Mas os responsáveis da empresa a que foi adjudicada a construção do novo mercado, desmentem todas as acusações.
Segundo Fábio Pereira, responsável da SETERCOP, «Eles demoliram voluntariamente as barracas, não demolimos nada porque não nos cabe a nós fazer demolições sem prévia autorização do governo», explicou.
Extremamente revoltados, os cerca de 215 vendedores de fardo como são conhecidos, lançaram um forte aviso aos governantes.
«A obra tem que parar até o governo conversar connosco, se a obra não parar vai haver guerra», disse revoltada Alexandra dos Santos.
Num país em que os índices de pobreza afectam cerca de 54% da população e em que o desemprego está a aumentar, os feirantes estudam agora como vão alimentar as mais de 200 famílias que têm a seu cargo.
Suahills Dendê PRAVDA.Ru SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
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