Bloco de Esquerda reage aos resultados das eleições

1. Embora ainda não estejam disponíveis os resultados finais das eleições autárquicas (esta nota é emitida quando o STAPE ainda não apurou 29 freguesias), faltando encerrar a votação de cerca de 30 freguesias, os resultados fundamentais indicam um desastre eleitoral do PS, o reforço do PSD e do PCP quanto a vitórias em câmaras municipais e uma subida eleitoral muito significativa do Bloco de Esquerda. Os resultados demonstram um importante e justificado descontentamento em relação à política governamental.

2. É de sublinhar as vitórias do populismo em Gondomar, Oeiras e Felgueiras, mas a sua derrota em Amarante.

3. O Bloco manteve a maioria absoluta na Câmara de Salvaterra de Magos e elegeu cerca de 350 representantes nas assembleias municipais e nas freguesias: pelo menos 105 deputados municipais e quase 250 membros das assembleias de freguesia. Os deputados e deputadas municipais representam todo o país, desde as grandes áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, nos distritos com maior concentração populacional como Santarém, Setúbal, Braga, Algarve, Madeira, Aveiro, Coimbra e outros em concelhos do interior como Mirandela.

4. A votação do Bloco, apesar de ainda não estarem apurados todos os dados (faltando 29 freguesias), regista um aumento muito significativo: mais 96.199 votos nas Câmaras Municipais, 135.676 nas assembleias muncipais e 89.476 nas assembleias de freguesia. Na maior parte dos casos, este aumento de votação significa uma triplicação dos votos obtidos em 2001 e a consolidação das percentages obtidas nas eleições legislativas. Para efeitos de comparação, registe-se que o CDS perde 28.814 votos nas Câmaras e 49.684 nas assembleias municipais (ressalvando os casos em que constitui coligações com o PSD) e a CDU ganha 5.549 votos nas assembleias municipais e perde 90 nas Câmaras em relação a 2001 (excluindo a votação de Lisboa, dado que em 2001 participou numa coligação com o PS e os dados não são portanto totalmente comparáveis).

5. O Bloco consegue uma vitória em Lisboa, com a eleição de Sá Fernandes, e sofre ainda uma derrota no Porto, com a não eleição de Teixeira Lopes. Em ambos os casos, as percentagens obtidas para as assembleias municipais são superiores às obtidas para as recentes eleições legislativas. A eleição de deputados muncipais corresponde à expectativa do Bloco, mas a leieção de vereadores fica abaixo dos objectivos do Bloco, estando ainda pendente de recontagem de votos brancos e nulos a definição da eleição em Sesimbra (o vereador não foi eleito por 3 votos) e Almada (por 15). Bloco de Esquerda

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