A Câmara dos Deputados está desmoralizada e deslegitimada e o processo eleitoral irremediavelmente viciado, cruzado pelos mensalões.
O PSOL acredita que nestas condições e com estes candidatos não há opção. A real necessidade na Câmara é a cassação imediata de todos os deputados envolvidos no mensalão e, em última instância, de uma nova eleição para a Câmara, para o Congressso como um todo e também para o governo.
Por isso o PSOL insiste na proposta de que é necessário um plebiscito no qual a população decida se quer antecipar ou não as eleições de 2006.
O PSOL repudia este processo em que o governo libera R$ 500 milhões para comprar o voto dos parlamenteares em favor de seu candidato, Aldo Rebelo, comprovando mais uma vez que o mensalão não só existiu como continua existindo.
Um processo em que todos os principais partidos, como o PFL do candidato Nonô, tentam descaracterizar a existência do mensalão para proteger as votações fraudadas e que deveriam ser anuladas. Um processo em que os deputados sob ameaça de cassação barganham com os candidatos apoio para não perder seus mandatos.
A construção de uma verdadeira democracia passa por profundas mudanças no processo político brasileiro, onde permanentemente vivemos verdadeiros estelionatos eleitorais em que os políticos comportam-se como agentes públicos dos interesses privados. Os interesses em jogo na disputa pela presidência da Câmara neste momento passam muito longe do interesse público.
Por isso o PSOL não compactua com este processo e segue defendendo uma verdadeira democracia onde o Parlamento seja relamente a expressão dos interesses da maioria do povo.>
Executiva Nacional do P-SOL
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