O secretário-geral do PT, Ricardo Berzoini, confirmou nesta segunda-feira (29) sua candidatura à presidência nacional do partido pelo Campo Majoritário. Ele substitui Tarso Genro, que anunciou hoje sua desistência. Tarso continuará presidente do PT até que o vencedor das eleições internas marcadas para 18 de setembro tome posse.
Além de Berzoini, concorrem à presidência Markus Sokol, Valter Pomar, Raul Pont, Maria do Rosário, Luiz Gonzaga da Silva e Plínio de Arruda Sampaio.
Em entrevista coletiva na sede do Diretório Nacional, Berzoini afirmou que sua candidatura tem muitas afinidades com a de Tarso. Ele disse que também defende o princípio da refundação do partido, a ruptura com os procedimentos que levaram à crise atual e uma independência maior em relação ao governo.
Mas temos de ter cuidado para não transformar um partido que é do governo em partido de oposição, ressalvou. Berzoini disse que, sobre a política econômica, tem divergências de foco, não de fundo.
Concordo integralmente com os fundamentos do superávit, com o controle inflacionário e com o equilíbrio das contas externas. O que eu tenho manifestado é que eu acho que a execução orçamentária não precisa ser tão cautelosa, e que a meta da inflação é muita justa, muito apertada. Podemos e devemos crescer mais, opinou.
Berzoini afirmou que, para ele, a saída do deputado José Dirceu (SP) da chapa do Campo Majoritário é uma questão sem relevância. Não tenho qualquer tipo de consulta específica a nenhum membro do Diretório. Acho que seria melhor que ele (Dirceu) retirasse seu nome, mas não coloquei isso como condição. Essa é uma decisão que a chapa deve tomar, disse.
Na opinião do dirigente, tal condicionamento reduziria a um aspecto menor a importância política da tendência nos rumos do PT e do próprio governo Lula.
Não dá para confundir o Campo Majoritário com algumas pessoas que erraram. É neste campo que eu vejo os companheiros que têm a melhor concepção de direção do partido. Tenho certeza de que a imensa maioria dos petistas tem orgulho das realizações do nosso governo, concluiu.
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