Qual a política do governo sobre CGD?

Depois da “obscena” reforma a Mira Amaral e da nomeação de Celeste Cardona para o banco do Estado, a Caixa Geral de Depósitos voltou a ser notícia pelas piores razões. Continuando as práticas que criticou à anterior maioria PSD/PP, o partido socialista volta a utilizar a Administração da Caixa Geral de Depósitos para promoções e nomeações norteadas por critérios exclusivamente políticos e partidários.

Naquela que, curiosamente, foi a primeira medida publicitada do novo ministro das Finanças, o Governo justifica as mudanças no corpo de administradores do maior banco nacional com a necessidade de reforçar a imagem interna e externa da actual administração, que tinha sido fragilizada por nos últimos meses. O que fica por explicar é como é que a ministro considera que a imagem da administração sai reforçada com a nomeação de Armando Vara, o ex-secretário de Estado demitido na sequência do escândalo da Fundação da Prevenção Rodoviária Portuguesa.

Não só não é do conhecimento público nenhuma experiência profissional relevante de Armando Vara na administração bancária, como o Governo, a remodelar a administração da CGD, deveria anteceder essa decisão com a explicação pública da sua estratégia para o banco do Estado. Não o fez, preferindo repetir as práticas de nomeações partidárias que criticou no passado.

O Bloco de Esquerda manifesta a sua indignação pela utilização desta empresa de capitais públicos para o pagamento de favores partidários, exigindo que Fernando Teixeira dos Santos dê cabais esclarecimentos sobre a nomeação de Armando Vara e toda a política de nomeações e contratações de administradores da Caixa Geral de Depósitos.

O Bloco de Esquerda, através de requerimento entregue hoje pelo deputado Luís Fazenda ao Ministro das Finanças, pretende obter resposta urgente às seguintes matéria.

Qual é a politica do actual Governo para CGD, o maior banco nacional e principal factor de regulação e intervenção estatal neste sector estratégico?

Quais os critérios técnicos e de passado profissional que levaram o ministro das Finanças a nomear Armando Vara para a administração do banco do Estado e maior entidade bancária nacional?

3. Num passado bem recente o Partido Socialista manifestou-se publicamente contra a pensão vitalícia de Mira Amaral. O primeiro-ministro tem repetidamente afirmado que acabaram os privilégios para a classe politica e empresarial do Estado. Os administradores que agora cessaram funções vão receber uma indemnização ou uma pensão vitalícia como a de Mira Amaral? Se sim, quais são os valores, e como é que o Governo as considera compatíveis com o discurso que tem enfatizado sobre a moralização da vida pública?

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