Desde o dia 30/05, estudantes de Florianópolis protestam contra o aumento da passagem dos ônibus urbanos da cidade. O reajuste de 8,8% foi autorizado pela Justiça na véspera do feriado de Corpus Christi. A tarifa mais cara passou para R$ 3, e a mais barata para R$ 1,75.
Outro aumento, de 6,8%, havia sido concedido em 23 de dezembro do ano passado. Em junho e julho do ano passado, após quase duas semanas de protesto, os estudantes conseguiram suspender um aumento determinado pela prefeita Angela Amin (PP). Agora o novo prefeito Dário Berger (PMDB) está na berlinda porque prometeu na campanha do ano passado resolver a questão, tema central de todos os debates eleitorais na capital catarinense.
Com a conivência do prefeito e do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), confrontos com a Polícia Militar estão se tornando a regra nas mobilizações. Manifestantes são agredidos com bombas de gás e balas de borracha, ontem (03/06), aconteceu novo protesto com a participação de cerca de 10 mil pessoas, 40 presos e 60 feridos foi o saldo desse novo conflito com a PM. A perspectiva, segundo o presidente da União Catarinense dos Estudantes, Thiago Andrino, é de que as manifestações continuem na cidade. Luciana Genro enviou aos companheiros e companheiras de Florianópolis Nota de Apoio ao movimento.
Nota de Apoio
Quero manifestar, por meio desta nota, minha solidariedade e do meu partido, o PSOL, ao Movimento pelo Passe-Livre (MPL) de Florianópolis, que luta pela redução da tarifa e por melhores condições dos transportes públicos da cidade, e repudiar as violentas repressões sofridas pelos companheiros e companheiras, que já resultou em dezenas de presos e feridos.
Os últimos fatos mostram que os poderes executivos municipal e estadual preferem agredir o povo de Santa Catarina, inclusive crianças, e proteger o lucro criminoso das empresas de tranporte urbano em detrimento das demandas e necessidades reais da população.
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