Continuam amiúde as histórias na imprensa internacional do clima de grande tensão em Guiné-Bissau, escritas por jornalistas de internet que nunca puseram cá os pés, nem sequer no continente africano.
Rumores do tráfico de armas para Guiné-Bissau para apoiar milícias civis foram confirmados, inclusive pelo Primeiro-Ministro Carlos Gomes Junior, mas isso não é insólito em Guiné-Bissau, pois o tráfico entre Bissau e Ziguinchor-Casamance é um facto quotidiano, nunca um evento singular.
O alarido a volta do Kumba Ialá, cujas palhaçadas continuam a envergonhar o tecido mais sensato na sociedade guineense, dissipou este final de semana, quando uma comissão política nem reuniu 300 pessoas e essas, trazidas da província com a promessa duma farra e muita cerveja.
As palhaçadas de Ialá, que declarou a Presidente Olesegun Obasanjo da Nigéria, que ainda era Presidente e que iria cumprir o resto do seu termo, provocou a ira do primeiro, que deixou a reunião e viajou para casa.
Só que os que tomam esse palhaço a sério evidentemente não o conhecem e não entendem nada da cena política em Guiné-Bissau, onde o povo tem uma grande maturidade política e é capaz de escolher o candidato de consenso sem quaisquer dicas de fora.
Djibril MUSSA PRAVDA.Ru GUINÉ-BISSAU
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