Obrigado, Senador!

O Turismo brasileiro, decorridas mais de três décadas, ainda é devedor de uma homenagem carinhosa e justa a um homem que fez do turismo uma paixão e avalizou no curso de tanto tempo, quando o destino e o reconhecimento de todos os baianos lhe deram em três oportunidades, o comando da Bahia, como o seu Governador, marcando de amor e agradecimento às décadas de 70, 80 e 90.

Vivi um pouco da história do turismo baiano, porque justamente na década de 70 participamos com os então servidores da Secretaria de Industria e Comercio da Bahia, entre os quais destaco por uma efetiva manifestação de amizade e simpatia, Manoel Castro, hoje deputado federal pela Bahia e os seus companheiros naquela acanhada saleta em que nos reuníamos, para discutir os caminhos que o então nascente turismo baiano buscava. O fato justificava-se porque a Empresa Capixaba de Turismo, que estava sob a nossa presidência, era uma espécie de modelo para o próprio país, pois nascera em 1967 como a primeira empresa de turismo, após a criação da própria EMBRATUR em 1966, pontuando a administração Dias Lopes como aquela que enxergara a importância do turismo para o nosso Estado. Caminhamos e conquistamos uma posição de liderança entre as citações nacionais em matéria de turismo. Estivemos na Bahia, justamente discutindo e entregando aos baianos o Estatuto da EMCATUR, avaliando suas atividades, prioridades e projetos e, sobretudo o detalhe de que era a primeira empresa a ser constituída como Sociedade Anônima de Capital Autorizado, criação genial do saudoso professor e economista Jerônimo Sebastião Vervloet, capixaba que inovou em matéria fazendária e tributária.

O Estatuto da BAHIATURSA nasceu, portanto, das lições daquele período. Ela se transformou, verdadeiramente, em pouco tempo, na maior expressão do turismo brasileiro e, nós, berço e inspiração, ficamos, por absoluta descontinuidade administrativa e profissional, sentados na beira da estrada, vendo a banda passar, numa cadência que nós sempre tivemos dificuldade em acompanhar. Ritmo e coragem, sons e criações, cultura popular e arte nunca faltaram aos baianos. Por isto e, sobretudo, porque eles tiveram durante mais de três décadas, no Governo, um timoneiro da coragem e da competência administrativa e gerencial de Antônio Carlos Magalhães, que em seguida e do alto de sua presença ministerial e política, ainda conduzia os cordões de muitas decisões oficiais de caráter e sentido turístico, com prioridade, olhando de frente e com carinho para a sua Bahia, hoje Bahia de todos nós, graças a ele e aos excelentes dirigentes revelados pela BAHIATURSA.

Antônio Carlos Magalhães, cacique de corpo inteiro, reuniu uma tribo que no curso de três décadas plantou as lições de administração e larga visão empresarial, revirando a velha Bahia de tantas tradições e embalando-a como um produto moderno e econômica e turisticamente viável. Eles, num ritmo de continuidade administrativa séria, sem vedetismos e com elogiável capacidade, construíram uma empresa, orgulho do turismo nacional.

Mas, lá no horizonte do ontem, a figura, a coragem e as lições de apoio e impulso de ACM o faz, sem sombra de dúvida, credor de uma grande e merecida homenagem do trade turístico nacional. Todos nós que estamos e acreditamos no turismo, somos devedores deste gesto nobre de reconhecimento.

Obrigado, Senador.

J.C.Monjardim Cavalcanti Jornalista [email protected]

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