O Sindicato nacional de Jornalistas e o ramo local da Media Institute of Southern Africa pediu hoje ao parlamento em Maputo para passar uma nova lei que permite à média acesso a fontes oficiais de informação, na ocasião do Dia Mundial da Liberdade da Imprensa.
Os jornalistas exigem uma Lei de Liberdade de Informação, o que é garantido em Moçambique pela Constituição mas que não existe na prática. Por exemplo, recentemente um jornalista foi detido porque tirou uma fotografia do exterior duma cadeia e uma equipa duma estação de televisão, STV, foram impedidos de filmar o edifício da W. Power Security, e seu equipamento foi confiscado.
Uma declaração conjunta do SNJ e MISA diz que o direito a informar e ser informado é um direito fundamental, não só dos jornalistas mas de todos os cidadãos. É um direito fundamental numa sociedade democrática.
Presidente Arnmando Guebuza reconheceu o Dia Mundial da Liberdade da Imprensa, garantindo aos jornalistas de Moçambique seus direitos sob a Constituição, descrevendo-os como nossos parceiros na promoção, defesa e implementação da agenda nacional, centrado em combater a pobreza.
Elogiou ainda a melhoria na qualidade do jornalismo nacional.
A liberdade da imprensa em Moçambique tem estado a crescer, pois já não há um Ministério de Informação a filtrar tudo, nem temos os Conselhos Editoriais a receberem ordens. No entanto, quando a imprensa é controlada por grupos empresariais, há sempre controlo quer directa, quer indirectamente.
De facto, há dois tipos de imprensa, a imprensa comprada e a imprensa independente. O primeiro é um exercício de informar com a notícia atada num pacote aceitável para o grupo empresarial que a controla mas também um exercício de fazer e gerir dinheiro.
O segundo, a imprensa independente, pode não gerir dinheiro mas pelo menos o Jornalista com J grande tem a liberdade de chamar uma espada a uma espada, de dizer a verdade e não temer pelo seu emprego.
Bento MOREIRA PRAVDA.Ru MAPUTO MOÇAMBIQUE
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