O Bispo de Díli foi peremptório na sua defesa dos manifestantes presos pelas autoridades, na sequência duma manifestação popular contra o regime anti-democrático de Mari Alkatiri. Cerca de duas centenas de pessoas foram impedidas de entrar na capital, Dili, ontem mas hoje foram autorizadas e prosseguir sua viagem.
Dom Alberto Ricardo acusa o Primeiro-ministro de Timor Leste de ser responsável pelas detenções ilegais, chamando-o um ataque aos direitos humanos, acrescentando que o acto viola a Constituição.
Neste momento os manifestantes, alguns milhares já, com mais a chegar do interior e de outras cidades, estão concentradas perto do Palácio do Governo.
O ambiente é calmo, quase todos os manifestantes têm terços nas mãos e rezam a Ave Maria. Estamos aqui para dizer NÂO à repressão deste governo e ao espírito anti-democrático de Alkatiri, disse à PRAVDA.Ru Domingos Abílio, um dos manifestantes, com cujas declarações todos à sua volta concordaram.
Padre Domingos Soares, porta-voz do Episcopado em Timor Leste, declarou à imprensa que a manifestação está para ficar e não irá dispersar até que sejam encontradas soluções para o futuro do país.
"Estamos aqui, não só a igreja católica, que está a acompanhar o povo, mas os representantes da igreja protestante, declarou, acrescentando que esperam delegações da população de todo o país, incluindo da comunidade islâmica.
Sem dúvida existe uma grande expectativa a volta desta manifestação, pois PRAVDA.Ru soube que foi programado há bastante tempo, pois umas dezenas de milhares de camisolas foram encomendadas para distribuir entre a multidão.
De Mari Alkatiri, silêncio. Amanhã está programado uma visita a Indonésia, para participar no 50º aniversário dos não-alinhados.
Ágio Pereira, o porta-voz da Presidência, declarou que: "O presidente da República acredita que os manifestantes e o governo saberão ultrapassar as arestas do desentendimento". Acrescentando que o Presidente não vai proferir quaisquer declarações sobre o assunto.
Lao MENDES PRAVDA.Ru DILI TIMOR LORO SAE
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