Viagem de Lula à África

Comércio

Com esta viagem o governo brasileiro também pretende ampliar o comércio entre as nações visitadas e o Brasil, merecendo destaque a Nigéria. O país africano com 140 milhões de habitantes, o maior em população do continente, atualmente tem a maior fatia do comércio Brasil-África. São US$ 3 bilhões registrados para o ano de 2004 dos US$ 6,5 bilhões que o país manteve no período com toda a África.

Estão previstos encontros entre empresários brasileiros e das nações africanas, além da assinatura de acordos comerciais. Hoje o Brasil exporta principalmente grãos e açúcar para a Nigéria, mas há grande potencial no setor portuário (construção e ampliação de portos) e para produtos manufaturados. O estreitamento das relações do Brasil com os países da África já vem trazendo resultados positivos em relação ao comércio. Nos últimos dois anos, o comércio entre Gana e Brasil subiu de US$ 30 milhões para US$ 200 milhões. Existe ainda mercado para a ampliação do comércio com Senegal e Camarões que está atualmente em US$ 70 milhões e US$ 30 milhões, respectivamente.

Consolidação da democracia

Outro foco da visita aos cinco países é o reforço das relações políticas entre o Brasil e as nações africanas. O Brasil tem interesse em cooperar na consolidação da democracia no continente. Senegal, Gana, Nigéria e Camarões possuem governos democráticos e Guiné-Bissau terá eleições este ano, após a tentativa fracassada de um golpe militar no ano passado.

"O Brasil reconhece o grande esforço da África para evitar golpes de estado, garantir os direitos humanos e combater a corrupção. O continente está assumindo a sua responsabilidade pelo desenvolvimento econômico da região e é dentro dessa face moderna da África que o Brasil pretende colaborar para garantir mais transparência nos processos de reestruturação desses países", explica o embaixador.

Para ajudar na reconstrução estrutural e política de Guiné-Bissau, país pequeno (1,2 milhão de habitantes) e pobre, o Brasil, em 2004, enviou por meio de um fundo das Nações Unidas US$ 500 mil para a reestruturação das forças armadas. Da mesma forma, o Brasil, através do Fundo IBAS, constituído dentro do Fórum Brasil-Índia e África do Sul, contribui com outros US$ 550 mil para um projeto de desenvolvimento agrícola na Guiné-Bissau.

Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República

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