Faz uma semana que Augusto Mata entrou em greve de fome, pela segunda vez no espaço de dois meses. Nesse tempo andou entre diferentes cadeias e o Hospital Prisional sem que, aparentemente, haja uma decisão sobre o tratamento adequado ao seu caso: doença mental ou problema de segurança? O resultado pode ler-se na carta que recebemos.
Mensagem de Augusto Mata
"Eu Augusto da Conceição Mata a partir do dia 5 de Abril de 2005 considero-me um mártir dentro dos serviços prisionais e para tal entrarei em greve de fome e de sede até à morte.
Travo esta última batalha contra os serviços prisionais para acabar com os maus tratos nas cadeias portuguesas: torturas físicas e psicológicas, e com os famosos corredores da morte onde hoje em dia ainda são brutalmente assassinados companheiros meus que os serviços prisionais depois à luz do dia, vêm dizer que se suicidaram.
De uma vez por todas é altura do nosso governo olhar para o interior das prisões e acabar com os verdadeiros assassínios pagos pelo Estado para poderem matar à vontade nos corredores da morte." Augusto Mata
Queremos denunciar a política de cuidados de saúde mental nas prisões portuguesas, através do exemplo presente, para o que ficará disponível para os Srs jornalistas o filho do preso em questão, como queremos denunciar o facto de a alternativa oferecida para casos problemáticos ou simplesmente incómodos poder efectivamente ser a que é referida na carta, através da apresentação de mais um caso de morte suspeita numa prisão portuguesa, através da presença de um seu familiar.
ACED
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