Após informar que um juiz e seu filho, que trabalhavam no julgamento do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, foram mortos por pistoleiros em Bagdá, o JN afirmou que o presidente norte-americano está "preocupado" com a situação. Bush quer "que Saddam seja julgado como criminoso comum". E conclui: "Não vai ser uma tarefa simples, se os rebeldes começarem a ameaçar os 50 juízes e promotores que trabalham no julgamento".
O JN não se preocupa, por exemplo, em falar sobre a ilegalidade do que está ocorrendo no Iraque, que tem sua soberania estuprada há algum tempo. Os EUA, por conta dessa invasão, é o grande promotor da insatisfação interna, mas continua a afirmar que não sai de lá enquanto não houver paz.
Exatamente como está no sítio oficial do que chamam de "governo interino do Iraque": "The longer terrorists continue to destroy Iraqi lives the longer the multi-national forces will remain" [Quanto mais os terroristas destruirem vidas iraquianas, mais tempo permanecerão no país as forças multinacionais]. Se você preferir, o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, disse na sexta (11/2) "que as tropas americanas só deixarão o Iraque quando a insurgência for derrotada".
Em outras palavras: nunca vão deixar completamente o país. É tão transparente a visão dos editores do JN de que o Iraque não merece soberania que o repórter, falando de Washington, informou apenas o que George W. Bush declarou. E o presidente do Iraque? O que pensa? A Casa Branca ignora e, como aliada no Brasil, conta com os serviços da Rede Globo.
Para não soar "radical", vou materializar a pergunta óbvia: por que ouvir apenas autoridades norte-americanas se os magistrados eram iraquianos, foram assassinados por iraquianos e estavam no Iraque?
Por falar em crimes comuns, você sabia que um advogado de familiares de vítimas do World Trade Center entrou com uma ação na Justiça acusando o presidente Bush de ter ordenado pessoalmente os atentados contra as Torres Gêmeas e Pentágono?
Foi o que informou uma rádio da Califórnia, mais precisamente o programa Alex Jones Rádio Show, e também uma corrente alternativa na Internet.
O jornalista Mário Augusto Jakobskind dá detalhes: o advogado Stanley Hilton, representando 400 familiares das vítimas apesar, segundo ele, das pressões que está recebendo em todos os níveis não se calou e tem afirmado que um criminoso está sentado no Salão Oval da Casa Branca. Ele se chama George W. Bush.
"Uma das testemunhas de Hilton é uma mulher que, segundo o advogado, foi esposa de um dos agentes secretos designados para espionar árabes residentes nos Estados Unidos. Este espião foi um dos 'terroristas' que se encontrava em um dos aviões comerciais que se chocou contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque, garante Hilton. Ele revelou também que os agentes foram treinados em bases militares estadunidenses, na Pensacola Naval Air Station".
Será que amanhã ou depois, no JN, ouviremos que 400 familiares de vítimas do World Trade Center querem que Bush seja julgado como um criminoso?
Da minha parte, estou enviando uma carta para a redação o email é [email protected] para solicitar a inclusão dessa informação. Ela é real e importante, os detalhes estão aqui. Suponho que haja gente boa lá para verificar. Haverá, no entanto, vontade e coerência?
Gustavo BARRETO http://www.consciencia.net/midia/jornalnacional.html
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