Brasil, Portugal e Timor Loro Sae estão na mira da PRAVDA.Ru, por darem um exemplo de boa vontade tão típico do espírito especial que flui entre os povos destes países, superando a questão racial ou étnica.
Sendo um observador deste povão há mais que um quarto de século, fico sensibilizado com a notícia do jogo de futebol entre brasileiros e portugueses em Timor Loro Sae, enviado para mim pelo nosso correspondente Lao Mendes em Díli.
Diz o ditado português/angolano, A brincar, a brincar, fez macaco filho à mãe, um ditado delicioso que nenhum país estrangeiro seria capaz de forjar. A mente fértil do lusófono ganha aquela mistura de gentes e raças e povos e um dinamismo linguístico e cultural tão especial e tão precioso que até sensibiliza o observador.
Mas a brincar, a brincar vai o mundo lusófono a progredir. Por muito que fiquemos furiosos com a falta de progresso de Portugal em termos de produtividade e PIB por capita, temos de admitir que Portugal e Brasil estão a fazer um papel fantástico na CPLP e temos de ver que os portugueses estão cada vez mais a tentar fortalecer os elos com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
Em Timor Loro Sae, país em que Brasil e Portugal investiram duma maneira fortíssima, do país mais novo da comunidade internacional, que recebeu um banho de boa vontade e amor do povão português durante o processo de independência (muitos foram os portugueses que lançaram iniciativas de publicidade à causa dos timorenses), chega-nos uma notícia do jogo de futebol entre brasileiros e portugueses para angariar fundos para os vítimas dos tsunami na Ásia.
Ganhou o Brasil, como sempre (geralmente não é questão de vencer, é questão de perder por quantos golos).
O jogo foi organizado pelo Presidente Xanana Gusmão numa promoção de solidariedade, demonstrando que até os países mais necessitados com boa governação possam chegar à primeira linha em termos de entreajuda.
É uma questão de comunicação entre as partes, realçar a importância da CPLP e ter um plano de curto, médio e longo prazo, que não é regido por políticos, mas por pessoas normais. Assim este tipo de iniciativa vai-se tornar cada vez mais realidade, o mundo lusófono será cada vez mais conhecido e percebido e os projectos dos empresários portugueses serão recebidos com outro espírito.
Timothy BANCROFT-HINCHEY PRAVDA.Ru
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