Pesquisa inédita no país revela que, em 2003, a agricultura familiar respondeu por 10,1% do Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todas as riquezas do Brasil. O levantamento encomendado a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) revela que o PIB do setor cresceu R$ 13,4 bilhões no ano passado, um incremento de 9,37% em relação a 2002. Esta foi a primeira vez que o governo federal mediu o impacto econômico da atividade praticada exclusivamente por agricultores familiares.
"O estudo mostra a força da agricultura familiar na economia brasileira. Poucos setores têm essa representatividade perante o PIB nacional e garantem 13 milhões de postos de trabalho para o país", diz o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto.
As cadeias produtivas com maior crescimento são as de leite, de aves e de suínos. No total, a agricultura familiar movimentou, em 2003, R$ 156,6 bilhões, o que corresponde a um terço do PIB do agronegócio (formado pela agricultura e pecuária familiar e patronal). Para compor o estudo, a Fipe considerou como atividade familiar a realizada em propriedades com até quatro módulos rurais e dois empregados e analisou e atualizou os dados do Censo Agropecuário de 1995/1996.
Para Miguel Rossetto, os números favoráveis são resultado de uma atividade que possui um grande dinamismo e capacidade de responder as demandas. Rossetto ainda explica que a pesquisa é importante para a definição e aprimoramento das políticas públicas em benefício da agricultura familiar. "Os dados apresentados justificam e incentivam a ampliação do investimento que o governo já vem aplicando na agricultura familiar".
O ministro citou o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) que vai fechar 2004 com um total de recursos investidos de R$ 5,8 bilhões e Programa Seguro Agrícola que vai beneficiar um milhão de famílias até o fim deste ano. Nos dois anos do governo Lula foram investidos R$ 12,4 bilhões na agricultura familiar. Miguel Rossetto disse que a idéia é incrementar o apoio, principalmente, nas regiões onde a atividade ainda não está bem integrada economicamente como é o caso do Nordeste e Norte. "Uma das medidas é o programa do Biodiesel que no próximo ano pretendemos envolver 250 mil famílias basicamente dessas localidades", afirma.
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