Embora os observadores internacionais tenham afirmado que as eleições legislativas e presidenciais em Moçambique correram bem, embora com alguns problemas localizados, Afonso Dhlakama, líder da RENAMO, quer a anulação das eleições e um novo escrutínio daqui a seis meses.
Dhlakama quer que Presidente Chissano fique durante mais seis meses, enquanto a Comissão Nacional das Eleições é abolida juntamente com o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral, enquanto toda a população de Moçambique é recenseada.
Mais uma vez, RENAMO dispara em todas as direcções depois de perder uma eleição que foi declarada justa pelos observadores. RENAMO reclama que seus observadores foram expulsos das secções de voto, no entanto, os observadores independentes afirmam que em 94,5% das secções, os oficiais da RENAMO ficaram com as urnas durante a noite e durante a contagem.
Ainda por cima, os observadores da RENAMO não colocaram reclamações junto aos observadores na altura do processo eleitoral, só depois de começaram a saber os resultados.
A verdade é que RENAMO mais uma vez levanta uma série de acusações sem colocar nenhumas provas.
O resultado das eleições, embora ainda não declarado oficialmente, aponta para uma vitória decisiva pelo FRELIMO, com Armando Guebuza ganhando cerca de 60% do voto contra apenas 30% para Afonso Dhlakama.
No entanto, só depois da Comissão Central das Eleições ter pronunciado o resultado final e depois da ratificação da Concelho Constitucional, é que será oficialmente e conclusivamente conhecido o final do processo.
O objectivo da RENAMO é ganhar tempo, pois dia 9 de Dezembro tinha sido apontado para o dia limite para a revelação dos resultados provinciais, e dia 17 para os resultados nacionais, RENAMO esperando que pode reclamar a anulação das eleições porque os resultados não foram divulgados nesses dias.
FRELIMO por sua vez acusa RENAMO de ter impedido o processo eleitoral em várias províncias.
Contudo, nem cabe a FRELIMO nem a RENAMO a decisão final, cabe às instâncias legais e constitucionalmente constituídas.
Bento MOREIRA PRAVDA.Ru MAPUTO MOÇAMBIQUE
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