Emprego com carteira assinada tem crescimento recorde de 7,7% em dez meses

Em outubro, na relação entre empregados e dispensados, houve um saldo positivo de 130.159 vagas formais, variação de 0,52% em relação ao estoque do mês anterior. Desde o início do ano, surgiram 1,79 milhão de novos postos com carteira assinada no país, o que representa aumento de 7,7%, em 2004. De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, esses resultados mostram que este ano há um recorde no crescimento do emprego no Brasil.

Os setores responsáveis pelos números positivos de outubro foram a indústria de transformação com acréscimo de 52,6 mil vagas e o comércio com aumento de 48,1 mil postos. Dentro do setor industrial, as indústrias têxteis (9.660 postos), de alimentos e bebidas (8.906 vagas), calçados (5.569 postos) e metalúrgica (5.364 vagas) desmonstraram melhor performance. No acumulado do ano, a indústria de transformação registra 11,28% a mais de postos de trabalho formais, resultado recorde na série Caged, que existe desde 1992.

O ministro avalia que os números positivos de 2004 se devem ao aumento significativo das exportações no primeiro semestre e à recuperação da renda do brasileiro na segunda metade do ano. Conforme o ministro, o aumento da fiscalização, principalmente no setor rural, também contribuiu para o aumento das vagas formais.

Em outubro, pelo segundo mês consecutivo, a criação de novos postos de trabalho nas nove maiores regiões metropolitanas representou o dobro (61.564) das vagas criadas no interior dessas regiões (30.691). Porém, no saldo do ano, prevalece a vantagem do interior - 877 mil novos empregos formais, contra 516 mil nos grandes centros urbanos.

Berzoini disse ainda que há uma boa perspectiva na geração de emprego para 2005, com o aumento do orçamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para Habitação, Saneamento e Infra-estrutura Urbana. A previsão é de que o orçamento aumente em 30% e chegue a R$ 10 bilhões. Além disso, Berzoini cita os investimentos de empresas públicas e as ações do governo relacionadas a desoneração tributária, como fatores favoráveis para a criação de novas vagas com carteira assinada no próximo ano.

"O desempenho foi excepcional e mostra que é possível crescer mais o estoque de emprego que o crescimento da economia do país", diz o ministro. Ele se refere ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) que deve ficar entre 4,3% e 4,9% em 2005, menor que o acréscimo de 7,7% de vagas formais. Porém, mostra a preocupação do governo com os resultados para o próximo ano. "Não podemos ficar acomodados. É preciso se abrir mais postos de trabalho com qualidade, que significa aumentar a formalidade e a renda do trabalhador", diz o ministro.

Os números analisados pelo Caged mostram também que a construção civil obteve desempenho importante com a criação de 100 mil postos em 2004. Os dados do nível de emprego com carteira assinada também revelam que a tendência natural da queda da criação de novos postos de trabalho nos meses de novembro e dezembro deve ser menor este ano. Em dezembro de 2003, houve redução de 299 mil vagas e em 2004 deve haver queda menos significativa. Essa redução ocorre porque nos últimos dois meses do ano o ciclo de produção já foi completado com as contratações para o período do Natal e Ano Novo.

Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República

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