Presidente Lula é chamado de traidor por estudantes em Maceió

Durante o discurso, o presidente enfrentou protesto de um grupo de estudantes. Vaias e gritos de traidor tumultuaram a comemoração. Os estudantes jogaram ovos e tomates no palanque, mas nenhuma autoridade foi atingida. Além do mal-estar, houve faixas de protestos e palavras de ordem contra a reforma universitária.

O presidente continuou o discurso e respondeu a provocação. “E como eu gritei a vida inteira em todos os palcos do mundo, nunca vou achar ruim que as pessoas gritem”, disse Lula. “Mas, muitas vezes, as pessoas gritam sem saber por que estão gritando”, completou o presidente.

Diante dos gritos de traidor, o presidente fez uma pausa no discurso e, virando para os estudantes, prosseguiu: “Se estes meninos que estão gritando aí fossem representantes da oligarquia de Alagoas, eles poderiam me chamar de qualquer coisa. Se fossem trabalhadores, iriam reconhecer que nunca na história do Brasil os trabalhadores chegaram a tão alto patamar de participação política e nunca participaram tanto das decisões.

O governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, não escondia o constrangimento. Mesmo isolados por 25 policiais, os estudantes da Universidade Federal de Alagoas não deram trégua e continuaram agitando faixas e bandeiras com as frases: “Não à reforma privatista” e “Parem a reforma ou paramos o Brasil”.

Em clima de manifestações, o governador Ronaldo Lessa aproveitou para tratar, particularmente, sobre a situação econômica do Estado entregando um dossiê e pedindo assim a renegociação da dívida. O presidente também lançou a Pedra Fundamental do Memorial à República que será erguido em uma praia em Maceió e deverá ficar pronto em um ano. Será em homenagem aos heróis da República, os marechais alagoanos Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.

Andreia QUAIAT PRAVDA.Ru SÃO PAULO, Brasil

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