Ao retirar a equipa de comissários europeus por si proposta ao Parlamento Europeu, Durão Barroso sofreu hoje uma pesada derrota. É a primeira vez que uma lista proposta pelo presidente indigitado da União Europeia não merece a aprovação do Parlamento Europeu (PE), facto que torna ainda mais relevante a fragilidade da posição do futuro Presidente da Comissão Europeia.
A primeira consequência desta decisão histórica é que Durão Barroso não estará presente, como presidente da UE, na assinatura do Tratado Constitucional, fragilizando ainda mais a sua posição como futuro presidente da União.
Uma reprovação alargada, e na qual se inclui o grupo Liberal do PE, provando que a Europa não aceita ficar refém da agenda política das forças mais conservadoras e intolerantes.
A arrogância que exibiu até ao último minuto deste processo não foi premiada, esperando o Bloco de Esquerda que Durão Barroso tenha aprendido hoje uma lição de democracia.
A posição do Parlamento Europeu é uma vitória para a democracia europeia, para os direitos das mulheres e das minorias e um sinal de que a Europa não está disposta a aceitar uma política de factos consumados.
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