Incra contrata 4,5 mil para acelerar reforma agrária

Atualmente o quadro de servidores é de cerca de cinco mil pessoas. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, comemora a medida como uma revitalização do órgão e como uma iniciativa para acelerar a reforma agrária. O mesmo diz o deputado petista João Grandão (MS), membro da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. “Considero uma iniciativa importantíssima do governo dentro dos pressupostos de construção da reforma agrária”, declarou o parlamentar.

João Grandão explica que, dobrar o quadro de funcionários, deve agilizar os processos burocráticos que cercam a tramitação de desapropriações e assentamentos da reforma agrária. “Isso significa dar a instrumentação que o Incra merece para trabalhar nesta área e uma priorização clara dada pelo governo a este setor”, disse.

Incentivo

A medida prevê ainda um plano de carreira dos funcionários com reestruturação de cargos e salários, com reajustes médios de 100% nos vencimentos. Para servidores de nível médio, o valor base de salário sobe de R$ 1,2 mil para R$ 2,6 mil. O salário de servidores com nível superior vai de R$ 1,8 mil para R$ 4,3 mil. O patamar dos engenheiros agrônomos muda de R$ 3,8 mil para R$ 5,7 mil. “Mesmo que não seja o plano de carreira dos sonhos da categoria, isto representa uma valorização do servidor, que passa a ter mais incentivo”, disse João Grandão, que já foi agricultor. Ele ressalta ainda a importância atrativa das mudanças na carreira para pessoal técnico, agrônomos e engenheiros, que preferem outras áreas de atuação a trabalhar no Incra.

Tanto o ministro Rossetto, quanto o ministro do Planejamento, Guido Mantega, consideram que, agora, o Incra terá mais condições para atingir as metas do Plano Nacional de Reforma Agrária proposto pelo governo Lula. “Isso traduz um compromisso estratégico de reconstrução do Estado brasileiro com outro perfil”, declara Rossetto.