Entre as reivindicações apresentadas estão um maior repasse de recursos da União aos governos e limites mais suportáveis para o pagamentos das dívidas estaduais.
A reunião dos governadores tucanos ocorreu em Palmas, Tocantins, quando também foi aprovado um apoio à proposta do senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) de retirar do cálculo das dívidas estaduais os gastos com saúde e educação. Ajudar o Brasil não é retirar investimentos de saúde e educação do cálculo da divida estadual, mas ajudar o presidente Lula a convencer o FMI que os investimentos em estatais e em infra-estrutura não entrem no cálculo do superávit primário. Isso porque a responsabilidade de pagar as dívidas é da União, rebateu Chinaglia, ao ser entrevistado hoje pela manhã pelo Portal do PT.
Eleições
Já o deputado federal Virgílio Guimarães (PT-MG), que foi relator do projeto de reforma tributária na Câmara, atribui ao momento eleitoral a ênfase do documento dos governadores. Num momento de eleições, sendo os governadores que assinam o documento de oposição, não considero que isso vá aguçar um eventual atrito com o governo federal, afirmou hoje Guimarães.
O parlamentar mineiro acredita que as reivindicações do documento fazem parte do jogo político e do próprio papel do administrador público. Governador e prefeito são como sindicalistas: têm de reivindicar sempre. Isso é normal e até os nossos governadores reivindicam também, disse Virgílio Guimarães, que ressalta, no entanto, que o governo do presidente Lula tem uma relação diferente com os governos estaduais. O governo Lula foi o que mais atendeu os governadores e, dentro do programa de desenvolvimento, vai fortalecer os governadores, garantiu o parlamentar.
Ajuste
O líder Arlindo Chinaglia vai mais longe e lembra que o acordo sobre a dívida dos Estados para com a União foi celebrado no governo FHC. Na época, alguns como Olívio Dutra e Itamar Franco procuraram rediscutir essa questão da dívida dos Estados e dos acordos feitos com a União e que, já naquela época, traziam dificuldades. O governo passado não só não aceitou como manteve a paridade cambial, o que agravou ainda mais o problema, relembrou Chinaglia, para quem, não há uma saída para os Estados sem encontrar soluções para a União.
PT
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