SIDA: É possível sobreviver

Outubro de 2001. Matola, Moçambique. Isaías, pai de 3 crianças, 42 anos de idade, pesa 25 kg. e está gravemente doente. Hoje, 2 de Agosto de 2004, pesa 64 kg. e trabalha normalmente.

A ONG católica SantÉgídio gere o centro DREAM (Recurso com Drogas contra SIDA e Mal-nutrição) de Machava, que administra as drogas anti-retrovirais que salvam e recriam as vidas devastadas por esta doença.

Os doentes numeram 1. 860 no centro de Machava, que está a tentar responder às necessidades, como os outros dois centros de Sant’Egídio em Moçambique, que também administra dez centros de triagem, que recolhem sangue de doentes sero-positivos e enviam as amostras para os centros de tratamento.

É calculada a carga viral e as células CD4+ no sistema imunitária afectadas pela doença. Quando a carga CD4+ atinge os 200 ou menos por microlitro de sangue, começa o tratamento anti-retroviral.

Os doentes têm de tomar comprimidos anti-retrovirais que são basicamente um cocktail de drogas…mas também têm de comer adequadamente e a alimentação é parte fundamental do tratamento.

Não se paga o tratamento, que é supervisionado por doentes com HIV. Hoje em dia não se tem de temer a SIDA, não é uma sentença de morte, é simplesmente uma doença crónica como qualquer outra.

Porém há que evitar o contágio, utilizando as práticas ensinadas pelas muitas equipas activas em África e há que mudar o estilo de vida uma vez que se está diagnosticado com SIDA, para não infectar mais pessoas.

Isaías é um exemplo para milhões de africanos. Não têm medo, tratem-se.

Bento MOREIRA PRAVDA.Ru MAPUTO MOÇAMBIQUE

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