A avaliação foi feita hoje pela deputada federal Maira do Rosário (PT-RS), sobre os dados divulgados ontem pela ONU (Organização das Nações Unidas) de seu Programa para o Desenvolvimento. Segundo a pesquisa da ONU, o Brasil está em 72º lugar em uma lista de 177 países, o que demonstra a estagnação vivida pelo país na era FHC.
Nos anos FHC, o IDH brasileiro subiu de 0,739 para 0,775, o que resulta numa média muito tímida de 0,6% de avanço ao ano. Como comparação, no período 1970-19080, o IDH brasileiro melhorava ao ritmo de 2,9% ao ano.
É impossível desconhecer que o país ainda vive contradições muito fortes do ponto de vista social e econômico. Para isso, é preciso elevar os de baixo e os mais ricos não podem permanecer com os altos índices de lucro. O Brasil tem de ser mais igual. Temos uma grande disparidade social. Isso é que é mais severo, disse Maria do Rosário, que é membro da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
Distribuição de renda
O IDH de 2004 utiliza dados de 2002, último ano do governo FHC. Com os dados de 2001, o Brasil estava na 65ª colocação e caiu com a entrada na lista da ONU de outros países com melhores indicadores. Apesar do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), o país ainda se vê diante de problemas como a má distribuição de renda e deficiências em áreas como educação e saúde.
Não há qualquer dúvida de que temos de enfrentar essas contradições. A baixa classificação do Brasil se deve às diferentes situações de vida que existe no país. O Brasil tem o primeiro dos mundos e o pior também, afirmou a deputada petista, que também é relatora da Comissão Mista da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Para Maria do Rosário, o Brasil tem desenvolvimento e qualidade de vida, só que para setores reduzidos da população. O desafio do governo Lula é ampliar essa qualidade e já começou a dar os primeiros passos rumo à equidade social. Isso é um processo, afirmou a parlamentar.
PT
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