Mais uma ameaça torturadora nas prisões portuguesas

E, aparentemente, isso mesmo foi reconhecido ser plausível pelas autoridades prisionais que o puseram a recato, durante meses. Mais recentemente, conforme nosso ofício anterior nº 35apd de 21 de Abril de 2004, foi inopinadamente transferido para, calcule-se, a prisão – entre a meia centena existente em Portugal – onde fora perseguido.

A responsabilidade de alguma coisa que lhe possa suceder está, pois, claramente identificada. Entretanto, claro, nestas condições, a prisão tornou-se numa tortura. É como se alguém, distraidamente, permanecesse com uma arma apontada à cabeça. Pelos vistos, não há vergonha disso poder acontecer em Portugal, por parte de quem possa ter responsabilidades no caso e tenha tido conhecimento do assunto.

Nesse sentido, secundamos o pedido do próprio, divulgando a sua missiva, a quem possa comover.

«Preso de consciência, autodidacta, perfeitamente lúcido e de conduta irrepreensível nas prisões, é mais odiado e perseguido do que qualquer opositor ao antigo regime.

António Ferreira de Jesus, 63 anos, recluso nº 351 do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, ali regressado a 20 de Abril, vindo do Hospital de Caxias onde tinha sido colocado por ordem superior em protecção física por denúncia de violação dos direitos humanos e corrupção na anterior cadeia (a mesma onde se encontra), por ocasião dos amplamente difundidos acontecimentos em Outubro de 2001 – por manifesta vingança de alguns guardas e funcionários, encontra-se privado dos mais elementares direitos de recluso, e teme pela sua vida porque a sente em perigo!

Daqui o seu SOS a todas as instituições de defesa dos direitos humanos, comunicação social e autoridades, com vista à sua remoção para uma cadeia da sua escolha.

ACED

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