Criados mais de 534 mil empregos formais em 2004

“Esse aumento de mais de meio milhão de empregos confirma tendência observada desde o início do ano e mostra que a economia voltou a ter dinamismo”, comemorou o ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, que manteve a projeção de criar mais de 1,3 milhão de postos até o fim deste ano, em função do resultado. Em abril foram gerados 187.547 postos de trabalho – aumento de 0,79% em relação ao mês anterior.

Considerados os últimos 12 meses, 885,6 mil vagas foram criadas, com variação de 3,87%. É o melhor resultado para abril desde a criação da série histórica do Caged, em 1992. O crescimento ocorreu em todos os setores, com destaque para a indústria de transformação, onde foram criados 64,3 mil postos (+1,17%), e a de alimentos e bebidas, ramo que realiza o processamento dos produtos agropecuários, com expansão de 18,5 mil vagas (+1,55%).

“O Brasil retomou a capacidade de gerar empregos. A agricultura tem sido elemento importante para puxar o crescimento, a partir do interior, que vem dando respostas mais rápidas”, observou Berzoini. Continuou em abril a tendência registrada desde o início do ano de geração maior do emprego nas cidades de pequeno e médio porte, com 110,7 mil novos postos (+1,26%), principalmente em decorrência da expansão no complexo agroindustrial, enquanto as regiões metropolitanas mostraram crescimento médio de 0,49% (+48,8 mil postos).

O bom desempenho é, em parte, atribuído à dinâmica do comércio externo, que também motivou o aumento da demanda de trabalho em outros setores com boa representatividade na pauta de exportações, como a indústria da borracha, couros e peles, que acumula, desde janeiro, elevação de 11,39%, e a de calçados, com taxa acumulada de 6,85%.

O setor de serviços gerou 49 mil postos (+0,52%), empurrado pelo desempenho dos ramos de transporte e comunicações (+14,2 mil, ou 0,92%) e do comércio e administração de imóveis (13,9 mil postos ou +0,5%), e acumula no ano, 171 mil novas vagas (+1,84%). O comércio mantém sua trajetória de recuperação ao gerar 27,2 mil postos em abril (0,53%). Já a agricultura respondeu pelo incremento de 28,8 mil empregos com carteira (+2,26%) – 51,1 mil desde janeiro (+4,09%). Também merece destaque a construção civil, que continua com a tendência de crescimento iniciada no ano anterior quase ininterrupta – foram criadas 12,6 mil ocupações, acumulando no ano 35,9 mil (+3,29%).

O aumento do emprego impacta de forma positiva a arrecadação da Previdência Social e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), melhorando a capacidade de pagar benefícios e de realizar investimentos. Isso permite realimentar a capacidade de gerar mais empregos no próximo semestre, lembrou o ministro. Embora nas regiões metropolitanas o crescimento seja menor do que no interior, já se revela recuperação nesses locais, em boa parte em função da retomada da construção civil, em resposta aos investimentos habitacionais e em saneamento, afirmou Berzoini.

No plano geográfico, merecem destaque as regiões Sudeste (+129,6 mil postos) e a Sul (+38,6 mil postos). No Nordeste, por motivos sazonais, os estados de Pernambuco e Alagoas tiveram desempenho negativo no mês de 0,81% e 7,77%, respectivamente, influenciando a taxa de -0,25% na região. As informações são do portal do Ministério do Trabalho na internet.

Partido dos Trabalhadores

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