A afirmação foi feita durante discurso para cerca de cinco mil funcionários da Fiat, em Betim (MG).
"Na medida em que os investidores perceberem que o governo não fala uma coisa à noite e faz outra de dia", continuou. "Temos de desafogar o país, para que ele volte a crescer como está crescendo este ano. Para que o Brasil volte a gerar empregos e para que as indústrias voltem a produzir na sua capacidade total". Para que a taxa caia, ainda mais, Lula assinalou que o país precisa conquistar credibilidade interna e externa. O presidente descartou, porém, fórmulas como o controle de preços. Também afastou a redução de alíquotas de preços de produtos importados, por acreditar que isso levaria as indústrias nacionais a promoverem demissões, porque não agüentariam a concorrência. "Resolvemos controlar a inflação e, para controlar a inflação, temos alguns instrumentos. Um instrumento é a taxa de juros, que pegamos alta e mesmo estando alta, hoje - é importante nenhum crítico esquecer - é a mais baixa taxa de juros dos últimos dez anos no país", disse. Inclusão social O presidente defendeu um acordo entre os governos federal, estaduais e municipais e as montadoras para a redução do preço dos carros, com o objetivo de aumentar as vendas e gerar mais empregos. Lula citou como exemplo um acordo fechado em 1992 que, segundo ele, foram alcançados resultados positivos. Na solenidade que participou hoje pela manhã na fábrica da Fiat, Lula assinou convênios para programas de inclusão social que serão desenvolvidos em comunidades de Betim, Belo Horizonte e Minas Novas (Vale do Jequitinhonha). Esses programas vão beneficiar diretamente cerca de 22 mil pessoas. Os programas envolvem investimentos de aproximadamente R$ 3,2 milhões em parceria com instituições governamentais e não governamentais. Lula chegou na quinta-feira (18) a Belo Horizonte e volta a Brasília nesta sexta, encerrando uma viagem de três dias aos Estados do Ceará, Pernambuco e Minas Gerais.
Partido dos Trabalhadores
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