O desgoverno PSD/PP não se pode rotular de fascista, mas de certo utiliza métodos fascizantes. Após a imposição da União Europeia de novas metas ecológicas, em vez de explicar à população o que deve fazer, o governo ameaça-a com coimas. Bem vindos a Portugal, 2004.
A União Europeia quer diminuir a quantidade de resíduos sólidos (o lixo que cada casa cria todos os dias e deita fora em sacos de plástico) depositados em aterros sanitários. Por isso, quer tirar destes resíduos materiais como embalagens, latas, garrafas e material orgânico.
Para obrigar a população a cumprir essas novas normas, o (des)governo português prevê coimas de 25 a 100 Euros. Não seria menos mal-educado se explicasse a questão à população numa campanha de consciencialização pública?
Em Portugal, não há direitos cívicos porque o Estado não demonstra qualquer civismo. Se alguém tiver um problema a resolver, o papel do Estado português é dificultar ao máximo até que o pobre cidadão desiste, por falta de dinheiro, ou conhecimento, ou tempo, pois neste país, uma fatia substancial do ordenado é gasto na comida.
Se o Estado português e o governo fossem tão escrupulosos e exigentes na prestação de serviços que cabe a eles prestarem, como são exigentes na imposição da letra da lei, poder-se-ia dizer que Portugal é um Estado de Direito, onde a noção de igualdade de estado e a existência de direitos cívicos existisse.
Porém, quando o Estado/governo não permite o atraso do pagamento duma coima ou uma prestação à Tesouraria nem por um dia, mas este Estado/governo demora sistematicamente quando tem de pagar a IVA, um pagamento aos hospitais, às farmácias e mais importante agora, depois da tomada de posse de Manuela Ferreira Leite no Ministério das Finanças (um pesadelo com dimensões catastróficas), quando tem de pagar aos desempregados, que esperam meses e meses e meses (chegam a ser sete) para o primeiro cheque chegar não se pode dizer que em Portugal há igualdade de estado nem direitos cívicos.
O que há em Portugal é um governo arrogante que não sabe governar e um Estado gatuno. Portugal hoje é um sítio para evitar a qualquer custo.
João SANTOS PRAVDA.Ru PORTO PORTUGAL
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