Genoino: PT tem de ir para a ofensiva

O presidente nacional do PT, José Genoino, rebateu, na manhã desta terça-feira, as críticas que o partido tem recebido pela postura contrária a uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar as denúncias contra o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz. Genoino lembrou, em entrevista ao Portal do PT, que todas as propostas de CPIs feitas pelo partido foram sobre fatos ocorridos durante os governos em que aconteceram as denúncias. O presidente do PT quer que a militância do partido parta para a ofensiva diante da tentativa de setores da oposição de ataque ao PT e ao governo Lula.

"O PT não está sendo incoerente quando se coloca contra a CPI, que é uma tentativa de setores da oposição de atacar o partido. Gostaria de lembrar que os fatos desmentem essa acusação porque todas as propostas de CPIs do PT no Congresso se referiam a fatos denunciados no exercício de governo", afirmou Genoino. No caso de Waldomiro, as acusações contra ele teriam ocorrido em 2002 - antes, portanto, do início do atual governo.

O dirigente petista relembrou as várias propostas de investigação parlamentar feitas pelo partido, como a de CPI do caso PC Farias, durante o governo Collor; a dos anões do Oçamento, feita durante os mandatos dos parlamentares envolvidos; a do Sivan (Sistema de Vigilância da Amazônia), proposta no início do governo FHC, mesmo período em que também foram propostas as CPIs da reeleição, da privatização e a investigação sobre o caso Eduardo Jorge.

José Genoino considera que o que setores do PSDB estão querendo fazer com uma denúncia de 2002 não tem paralelo com as iniciativas que o PT teve no Congresso. "É uma denúncia de 2002 trazida para 2004", reafirmou o dirigente petista. "O PT não aceita as tentativas de ataques porque Waldomiro Diniz nunca foi filiado ao PT, nunca cumpriu tarefas do partido nem representou o PT em qualquer missão política", declarou o líder petista, que quer o PT rebatendo firmemente a tentativa de ataque ao partido.

Ofensiva

"O PT tem de ir para a ofensiva porque sua história, quando houve erros de algum filiado, foi de agir prontamente. Chamo o partido a sair para o debate, para o enfrentamento político, na defesa do PT e da seriedade com que o governo Lula está agindo nesse episódio", propôs Genoino para militantes, deputados, prefeitos, governadores e filiados do partido. O presidente do PT também manifestou sua solidariedade "ao companheiro José Dirceu, que não pode ser responsabilizado por atos praticados quando Waldomiro Diniz não era assessor dele".

O dirigente petista lembrou também que o governo tomou todas as medidas para apurar as denúncias de 2002, ampliando as investigações com a abertura de inquérito. "Por outro lado, não existe denúncia de irregularidades do funcionário Waldomiro Diniz durante seu trabalho como assessor do ministro José Dirceu", afirmou Genoino.

Partido dos Trabalhadores

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