Denúncias contra as condições de vida no EP de Pinheiro da Cruz

Dois reclusos detidos em Pinheiro da Cruz fizeram-nos chegar denúncias sobre a degradação da vida naquele estabelecimento prisional e mostraram-se disponíveis para assumir pessoalmente essa responsabilidade, desenvolvendo em termos mais específicos e no local as queixas que se seguem, caso haja interesse e condições de proceder às averiguações sobre o que denunciam.

Forneceremos as suas identidades às autoridades ou jornalistas que o desejem, para os fins em vista.

As denúncias referem-se aos preços dos bares. Sem concorrência, os preços das mercadorias são mais altos para os detidos de que em qualquer supermercado, acusam.

As refeições são recorrentemente servidas em más condições, sem que as queixas surtam efeito na sua melhoria.

Os serviços clínicos funcionam sem condições de eficiência, e nem as queixas dos técnicos de saúde tem permitido inverter a tendência de degradação.

Os pavilhões de segurança são usados, fora-da-lei, para manter isolados durante meses detidos às ordens da direcção da cadeia. A Direcção da ACED, a propósito da série de “suicídios” nas prisões, apelou recentemente à denúncia de casos irregulares nas prisões portuguesas, que sabemos serem vulgares e perante os quais se instalou a longa indiferença e mesmo o encobrimento.

Podemos considerar este pedido que nos chegou agora como uma primeira resposta a esse apelo. Esperamos poder continuar a receber reacções e esperamos que as instituições possam cumprir cada uma o seu papel para que seja possível ultrapassar a situação prisional que se arrasta faz demasiado tempo.

ACED

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