A Voz da Oposição

A publicação de 64 páginas traz depoimentos das principais personalidades envolvidas no movimento que pôs fim ao regime militar.

REDEMOCRATIZAÇÃO - "A revista é um grande esforço do ITV para resgatar a história e o clima do comício de 25 de janeiro de 1984, que fez deslanchar a luta pela redemocratização do país. A publicação também dá a devida dimensão da participação de importantes líderes políticos como Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e José Richa, durante esse período importante na história brasileira", contou o deputado.

Segundo Sebastião Madeira, apesar do regime militar ter trazido "algum avanço estrutural e econômico para o Brasil", ele foi extremamente cruel no que diz respeito à supressão das liberdades individuais. "Sufocados pela supressão de suas liberdades, brasileiros de norte a sul, de leste a oeste, reagiram e legaram para as gerações futuras um Brasil mais corajoso e esperançoso", afirmou o parlamentar.

O presidente do ITV também lembrou a atuação do então governador de São Paulo, Franco Montoro, durante o comício na Praça da Sé em 1984. "Guru de uma geração de políticos, estadista e grande homem público, Montoro enfrentou a incredulidade, o ceticismo de todos os seus companheiros e assumiu o movimento das Diretas a partir daquela data", destacou.

Lúcia Vânia pede comissão para acompanhar crise no Inca

A presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), pediu à Mesa do Senado a criação de uma comissão composta por cinco senadores. O objetivo é acompanhar a sindicância do Ministério da Saúde que investiga a interferência política na fila de transplante de medula óssea no Instituto Nacional do Câncer (Inca).

"São acusações graves e o próprio ministério admite que existem alguns indícios de irregularida-des com base nas denúncias do ex-diretor Daniel Tabak, o que justificou a instalação da sindicância. Por isso, solicitei que o Senado acompanhe as investigações daquele órgão", afirmou Lúcia Vânia.

Juros altos e queda nos investimentos castigam economia

O primeiro vice-líder do PSDB na Câmara, deputado Custódio Mattos (MG), criticou duramente o excesso de ortodoxia do Banco Central. Para ele, a recente decisão do governo Lula de manter a taxa básica de juros em 16,5 % - em termos reais, o maior percentual do planeta - é "inacreditável". "Até o Departamento do Tesouro norte-americano acha que a política econômica petista é ultra-conservadora", afirmou o tucano.

TIRO NO PÉ - Segundo o deputado, a medida é um "tiro no pé", pois a manutenção dos juros em níveis elevados aumenta significativamente a dívida pública. "Ao se recusar a cortar ainda mais os juros, o governo Lula também frustrou as expectativas de todo o setor produtivo brasileiro, que convive com taxas de desemprego elevadíssimas e nesse momento necessita de incentivos", lembrou Custódio.

O vice-líder também atribuiu a queda nos investimentos estrangeiros diretos - que em 2003 foram US$ 5,5 bilhões menores que os captados no último ano do governo tucano e atingiriam o nível mais baixo desde 1995 - ao clima de insegurança gerado pelo Palácio do Planalto. "O governo Lula declarou guerra contra as agências reguladoras, com uma retórica que assusta os investidores e retarda ainda mais a retomada do crescimento econômico", disse Custódio.

Pavan critica compra de avião presidencial

O vice-presidente do PSDB senador Leonel Pavan (SC) disse que o presidente Lula deveria seguir a diretriz de seu governo, que é a de cortar despesas, ao invés de gastar US$ 56,7 milhões na compra de um novo avião presidencial. Para o senador tucano, esse dinheiro poderia ser usado na compra de um jato similar fabricado pela Embraer, que custa a metade desse preço, e ainda pagar a manutenção de estradas. "Com essa mesma verba, daria para comprar uma ambulância para os 5.565 municípios e mais sete mil carros a cada estado para melhorar a segurança", comparou.

Hauly propõe fim do "jeton" nas convocações extraordinárias

Substituir o salário adicional pago aos deputados e senadores durante a convocação extraordinária por uma parcela indenizatória de natureza simbólica, correspondente a 1/30 avos da remuneração do parlamentar. Essa é a proposta do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), que apresentou projeto de lei para modificar o pagamento do chamado "jeton". "A cada convocação extraordinária há um enorme desgaste na imagem pública do Congresso Nacional e de seus membros", justificou o tucano.

CONTINUIDADE - Segundo ele, com o pagamento da parcela simbólica fica assegurada a continuidade dos trabalhos legislativos, sem prejuízo para o cidadão. Pelo projeto, a nova norma valeria não só para o Congresso Nacional, mas também para os legislativos estaduais, municipais e distrital. "Eu pretendia apresentar proposta de extinção de pagamento, mas quando a convocação é feita pelo poder Executivo a Constituição não permite", explicou Hauly.

Para o tucano, muitas das convocações efetuadas pelo presidente da República não justificariam, por si só, a relevância e urgência previstas no texto constitucional. "No entanto, o parlamentar arca com o ônus pelo recebimento de uma remuneração prevista constitucionalmente, sem que haja, por parte do Executivo, uma análise da pertinência da referida convocação", concluiu Hauly.

Yeda Crusius faz alerta

"Essa convocação extraordinária parecia agradar servidores públicos, aposentados, 40 milhões de trabalhadores informais, donas de casa, portadores de deficiência, inativos doentes e pensionistas. Mas o governo Lula não cumpriu o acordo de votar a PEC Paralela. O estilo trator vem sendo usado para pedir urgência na na aprovação de leis que poderão prejudicar o país", alerta a deputada do PSDB-RS.

Leo Alcântara elogia sistema de cotas

O deputado Leo Alcântara (CE) defendeu a adoção de cotas para negros nas universidades. "Estudantes selecionados por esse mecanismo têm comprovado o acerto da decisão de tal política e mostrado resultados acadêmicos acima da média dos demais, em especial no Rio de Janeiro", avaliou. Além da política de cotas, o tucano cobrou do governo medidas para melhorar a qualidade do 2º grau que, segundo ele, é "freqüentemente negligenciado em razão do forte apelo exercido pelo ensino fundamental".

Fogo Amigo

"João Paulo parece um menino catarrento, buchudo e pirracento, que está fazendo birra."

- Líder do PL, senador Magno Malta (ES), ao criticar o presidente da Câmara por ele não apressar a votação da PEC Paralela da Previdência.

PSDB

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