São Tomé e Principe: Desporto

A decisão, durante esse período, visa arrumar a casa que passa pela criação de infra-estruturas para acomodação dos jogadores principalmente campos centrais dos distritos do país.

A afirmação é do próprio Presidente da Federação, Manuel Dendê, que se manifestou satisfeito aquando da instalação esta semana da nova sede da federação, um sonho que a juventude são-tomense bem precisava num país independente há 27 anos.

«Estamos a instalar-se numa sede nova e o meu estado de espirito é de grande satisfação e de ter realizado um sonho, "sonho" que essa juventude bem precisava, porque se nota, em 27 anos de independência, o país nunca teve uma sede para instalar uma federação de desporto. É uma grande alegria não só para mim, como para as 27 pessoas que impõem essa federação». A sede ora conseguida com apoio da UEFA vai marcar uma forma eterna da existência da federação são-tomense de futebol como instituição num país onde nem tudo corre bem por causa dos seus múltiplos problemas particularmente no âmbito desportivo.

Mesmo com esse primeiro passo dado "a aquisição da sede", Manuel Dendê, não teve receio em afirmar que nos próximos anos a federação que dirige continuará a ter problemas sérios no que toca aos resultados desportivos, porque esses "resultados desportivos" estão intimamente ligados à situação económica do país, dai é impensável alguém dizer-se que conseguirá dar volta a situação de "resultados desportivos" tanto a nível de selecções nacionais como a nível de clubes, quando São Tomé e Príncipe tem uma situação económica extremamente grave, onde grande parte da população não alimenta, ou não alimenta em condições e isso, tem as suas consequências particularmente na vida do atleta.

«Todas as instituições têm problemas de ordem financeiro grave, o sector produtivo se funciona, funciona com deficiência e como funciona com deficiência, resultados são aqueles que nós conhecemos e como tal nós não podemos alimentar grandes sonhos no que toca a resultados».

Por essa razão, a federação são-tomense de futebol, segundo o seu presidente, decidiu alterar a estratégia de desenvolvimento de futebol nacional, numa primeira fase «nós entendemos que devemos por termo ao silencio, e por termo ao silencio significava nós participarmos em provas internacionais no sentido de colocar São Tomé e Príncipe na carta africana de futebol e conseguimos isto modestamente, através de selecções nacionais, dos clubes de futebol, de arbitragem, e de dirigentes são-tomenses de futebol que participam em actividades desportivas internacionais».

Para Manuel Dendê, hoje não se pode estar a participar por participar, é preciso criar condições, infra-estruturas «e hoje já temos uma sede, que nos permite sentar com tranquilidade, pensar, projectar o futebol nacional, depois ver a situação das infra-estruturas desportivas, estamos a construir centro de estágio que independentemente de nos poupar custo com hotéis vai permitir inclusive alojamentos de clubes que virão da região autónoma do Príncipe para jogar em São Tomé, e quem fala disso, fala de ser um grande centro de aprendizagem de futebol jovem. Vamos construir também um campo de futebol em anexo ao próprio centro de estágio que vai constituir um grande centro de treino para camadas jovens. A nível dos distritos, vamos ver na medida do possível tentar melhorar as infra-estruturas particularmente campos centrais dos distritos».

Depois de criadas essas condições, o Presidente da Federação são-tomense de Futebol, disse que o passo a seguir é analisar se há condições para São Tomé e Príncipe regressar ao futebol internacional e «a partir de lá participar provavelmente com alguma segurança em conseguir bons resultados, depois disto naturalmente podemos é alimentar grandes sonhos em alta roda de futebol internacional, caso contrário, estaremos a lançar poeira aos olhos das pessoas».

António Ramos

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