Pútin e Dilma se encontram nesta quinta

Agenda de Pútin tem 11 encontros bilaterais com chefes de Estado durante cúpula dos Brics e da Organização para Cooperação de Xangai em Ufá. Reunião estava planejada para quarta-feira (8) e foi adiada devido a atraso da presidente brasileira. Presidentes bielorrusso e afegão, entre outros, também se reúnem com Pútin.

O presidente Vladímir Pútin terá reunião com Dilma Roussef durante a cúpula do Brics em Ufá na próxima quinta-feira (9), informou o assessor do líder russo, Iúri Uchakov:

"Esse contato era planejado para o primeiro dia, 8 de julho, mas a presidente do Brasil, devido a razões políticas internas, e outros motivos se esforçará para chegar apenas na noite do dia 8 ao almoço conjunto dos países do Brics, por isso o encontro com ela será realizado apenas na noite de 9 de julho", disse Uchakov.

Os encontros dos líderes do Brics e da Organização para Cooperação de Xangai (China, Rússia, Cazaquistão, Tadjiquistão, Quirguistão e Uzbequistão) serão realizados no dia 9 de julho em Ufá, na Rússia central.

"O encontro se dará no formato 'outreach', já testado nas cúpulas do Brics na África de Sul e no Brasil, em forma de discussão aberta", anunciou o representante especial do presidente russo na Organização para Cooperação de Xangai, Bakhtier Kharimov.

Onze encontros bilaterais

No total, Pútin participará de 11 encontros bilaterais com diversos chefes de Estado durante as cúpulas do Brics e da Organização para Cooperação de Xangai.

Na agenda do líder russo há reuniões com os líderes da China, do Tadjiquistão, da Índia, da África do Sul e da Bielorrússia na quinta-feira (8); com os presidentes do Irã, do Cazaquistão e do Brasil na sexta (9); e do Afeganistão e do Uzbequistão, além do premiê paquistanês, no sábado (10).

Desafios e possibilidades na cooperação militar

Além disso, de acordo com Uchakov, também na quinta-feira o presidente deverá participar de um encontro tríplice com os líderes da China e da Mongólia.

Com o premiê indiano, Narendra Modi, o assunto principal deve ser a construção, planejada pela Rússia, de 25 reatores nucleares em diversas regiões do país, segundo o assessor russo.

Extra-Brics

Com o presidente iraniano, Hassan Rouhani, a temática nuclear também estará em foco.

Pútin discutirá com esse, sobretudo, a ampliação das relações econômicas e questões internacionais da atualidade, entre elas a regulação da situação em torno do programa nuclear do país, de acordo com Uchakov.

O assessor também relembrou o início da realização do memorando "Petróleo em troca de mercadorias e serviços".

"Por meio desse, as companhias russas trabalharão em iniciativas concretas, particularmente, realização de exploração geológica e trabalhos aerogeofísicos, na construção de uma fábrica de alumínio, na retomada de uma montadora de caminhões 'Kamaz', no fornecimento de técnica ferroviária e de agricultura, de produtos alimentícios", disse.

As discussões sobre "questões internacionais atuais" devem tocar temas como terrorismo e o programa nuclear iraniano.

Já com o presidente bielorrusso Aleksandr Lukashenko, a conversa deve girar em torno da cooperação bilateral comercial, além da construção pela Rússia de estação de energia nuclear que já é realizada na Bielorrússia e deve ser concluída em 2018, e do possível investimento pela Gazprom, até 2020, de 2 a 2,5 milhões de dólares no desenvolvimento de um sistema de transporte de gás no país.

Ásia Central

Pútin se encontra pela primeira vez com o presidente afegão Ashraf Ghani, que venceu as eleições em 2014, e trata com esse principalmente de questões comerciais.

Têm potencial de desenvolvimento, segundo Uchakov, as cooperações no desenvolvimento do setor automobilístico e ferroviário, além da possível inclusão de companhias russas no projeto "Casa-100", para transmissão de energia do Quirguistão e Tadjiquistão ao Afeganistão e Paquistão. Equipamentos militares para defesa também devem ser discutidos.

Já o Uzbequistão deve tratar de um estreitamento na cooperação no setor energético, além do educacional e comercial. A energia também será a principal temática tratada com o presidente cazaque, Nurssultan Nazarbaev.

Com o Paquistão, o Kremlin espera desenvolver a cooperação militar. A Rússia pretende fornecer seus helicópteros Mi-35 para uso em operações antiterroristas no noroeste do país.

A agenda do encontro com Dilma ainda não foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.

Com material das agências de notícias Ria Nôvosti e Tass e do jornal Vzgliad. Marina Darmaros

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