Hitch é o último trabalho de Francisco Camacho, que estará no Museu dos Transportes dias 5 e 6 de Dezembro, às 21h30. Esta é uma co-produção EIRA, Citemor e Coimbra 2003. A interpretação é, também, de Francisco Camacho. A dramaturgia é de Ezequiel Santos, os figurinos de Isabel Peres, o vídeo de Helena Inverno, luzes de Pedro Machado e a banda sonora de Rui Viana.
Uma das características mais visíveis do trabalho de Francisco Camacho enquanto criador tem sido a abordagem de diferentes figuras da nossa história e cultura em espectáculos distintos: D. Manuel II em O Rei no Exílio, Le Corbusier em Quatro e o Quarto e Primeiro Nome: Le, D. Sebastião e S. Sebastião em Dom São Sebastião, Oscar Wilde e James Bond em My name is Wilde, Óscar Wilde. A escolha destas figuras rege-se por critérios distintos e nem sempre o fascínio é um deles.
Neste projecto pretende prosseguir com a investigação em torno da visão e descodificação dos géneros sexuais e das sexualidades, da capacidade de extrapolação para a linguagem coreográfica da linguagem e imaginário cinematográficos, das potencialidades de diálogo entre a presença ao vivo e a projecção vídeo, e sobre a perenidade do nosso património histórico e mítico. No âmbito temático, o fascínio pela personalidade e obra de Alfred Hitchcock conduzirão a uma revisitação subjectiva do catálogo de obsessões do autor, com incidência na vertigem ou na mulher como o ser da vertigem, detonadora do oculto, presente no mundo para a perdição das almas e dos corpos, assim como a omnipresença do Mal e o desejo pleno, o sexo e o oculto. Não serão iludidos os aspectos de misoginia, numa perspectiva crítica.
Para mais informações: 919520640 (António da Câmara Manuel)
www.Coimbra2003.pt
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