Preservação de biodiversidade é desafio do PT

O secretário nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do PT, deputado distrital Chico Floresta, atribuiu principalmente ao avanço da agricultura intensiva de exportação com agrotóxicos o processo crescente de degradação ambiental no Brasil. O parlamentar, que participa hoje do Seminário Nacional de Meio Ambiente e Turismo do PT, em Brasília, considera a preservação da biodiversidade brasileira como um dos principais desafios do PT e do governo Lula.

Segundo relatório anual da World Conservation Union, divulgado nesta terça-feira, o Brasil tem 1.062 espécies de plantas, animais e frutos do mar ameaçados de extinção, quase 9 por cento do total de 12.259 variedades que aparecem na chamada Lista Vermelha das espécies classificadas como criticamente em perigo. O estudo é uma referência fundamental para biólogos que tratam da saúde do planeta. A própria organização afirma que os países recordistas de espécies em perigo tiveram em comum nas últimas décadas o aumento da industrialização, do desmatamento de florestas e do turismo.

O dirigente petista acrescenta a esses fatores o extermínio de espécies animais endêmicas dependentes de plantas de uma área, que é substituída pelas vastas plantações de monocultura. O turismo feito sem regras ambientais também tem forte impacto sobre áreas pequenas com número reduzido de espécies endêmicas. "O seminário nacional visa tornar linguagem comum no PT e no governo a aplicação de um processo sustentável de exploração do meio ambiente e do turismo", disse ele.

Transversalidade sustentável Na avaliação do deputado, o trabalho do Ministério de Meio Ambiente é insuficiente para reverter a política predatória que vem sendo aplicada no país a séculos. Segundo ele, é preciso haver uma transversalidade da sustentabilidade do desenvolvimento em todos os ministérios do governo. "É preciso definir pontos limite de sustentabilidade para assegurar a biodiversidade", disse. A fiscalização sobre a biopirataria tem sido intensificada pelo governo, já que o processo de extinção valoriza espécies animais e vegetais, estimulando a ameaça ambiental.

Segundo Chico Floresta, o PT preocupa-se com o tema, pois a divulgação dos números da extinção tem impacto negativo sobre o governo Lula. "Devido à regulamentação do comércio de soja transgênica, podem querer creditar ao governo Lula uma política de degradação ambiental", disse ele, acrescentando que "não se chega a estes resultados em apenas dez meses de governo". A omissão dos governos anteriores, de acordo com o dirigente do PT, levou à expansão do plantio ilegal de soja geneticamente modificada e ao aumento do número de espécies ameaçadas.

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