PSDB Boletim Ekletrônica

Os líderes do PSDB na Câmara e no Senado, Jutahy Junior (BA) e Arthur Virgílio (AM), exigiram do presidente Lula a demissão do ministro da Previdência, Ricardo Berzoini. Jutahy alegou "falta de respeito e sensibilidade" com os idosos acima de 90 anos, que foram obrigados a comparecer aos postos do INSS enfrentando filas e tumultos por causa da presunção do governo de que essas pessoas estariam fraudando o órgão.

ATITUDE - "Eu não sou presidente da República, para sorte do ministro. Porque, se fosse, hoje teríamos um interino no cargo, porque eu o demitiria", afirmou Virgílio. Para Jutahy, o ministro não tem condições políticas, morais e sociais de continuar no cargo. "A demissão seria a única atitude digna de um governo democrático e preocupado com a qualidade de vida da população", defendeu. Virgílio classificou a atitude como "crueldade com os idosos". O senador pediu que fosse inscrito nos anais da Casa a coluna do jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo de 7 de novembro, que comparou o ministro Berzoini com a personagem Dóris, da novela Mulheres Apaixonadas. "Sua Excelência merece. É o ministro Dóris, mau igual à moça da novela", disse. Virgílio também afirmou que esse episódio inaugura mais uma faceta dogovernoLula: a aliança da incompetência com a perversidade. Jutahy acusou ainda o ministro de ferir o artigo 96 do Estatuto do Idoso, sancionado pelo próprio governo.

Atitude com idosos foi vergonhosa

O deputado Sebastião Madeira (PSDB-MA) considerou "vergonhosa" a atitude do ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, em obrigar idosos acima de 90 anos a comparecer aos postos do INSS para provar que estão vivos. " Assistimos a cenas de um verdadeiro inferno de Dante: anciãos levados em macas e em cadeiras de rodas para provar que ainda não morreram. É um absurdo". Segundo ele, o governo Lula deve um pedido de desculpas ao povo. "Não se humilha aqueles que conseguiram o milagre de chegar aos 90 anos. Foi um desrespeito com os nossos idosos", criticou.

Inoperância do governo Lula

O deputado Sebastião Madeira (PSDB-MA) criticou a inoperância e a paralisia do governo Lula na aplicação de recursos e na melhoria de qualidade de vida do brasileiro. "Nos DNAs dos governos federal, municipais e estaduais do PT há genes que os paralisam no operacional, pois não há investimento em áreas prioritárias como segurança, reforma agrária e distribuição de renda." DNA PARALISANTE -O tucano destacou também a boa vontade do Congresso depois da vitória petista nas urnas em destinar recursos para o Fome Zero. Mas ele informou que o governo aplicou apenas 11% do orçamento de R$ 2 bilhões previstos ao programa, ou seja, R$ 201 milhões. "O Fome Zero foi o ovo de Colombo descoberto por Duda Mendonça e soprado no ouvido do Lula. Com essa falta de habilidade em governar, o Planalto está dando razão à tese do DNA paralisante", disse. O tucano, no entanto, afirmou que o governo Lula só não fica parado quando o assunto é viagem. "Eles já gastaram 400% a mais, se comparado ao governo anterior. O pior é que estamos no final do ano e temos quase 90% dos recursos retidos que não se transformaram em benefício ao povo", advertiu.

Madeira lembrou ainda da gestão de FHC que, segundo ele, investiu na reforma agrária. "Hoje, as 360 famílias de um assentamento em Amarante, interior maranhaense, moram em casas construídas com recursos da reforma agrária do governo FHC, que sempre se preocupou com o povo. Atos como esse eram rotineiros no passado", disse.Para Madeira, a realidade atual é bem diferente. "A reforma agrária está praticamente paralisada e os conflitos no campo estão voltando a se exacerbar."

Comissão recebe embaixadora dos EUA

A convite da deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP), a Comissão de Relações Exteriores realiza audiência pública na próxima quarta-feira às 10h com a embaixadora dos Estados Unidos, Donna Hrinak. Entre os assuntos que devem ser tratados, estão a XV Reunião do Comitê de Negociações Comerciais, realizada no mês passado em Trinidad e Tobago, os conflitos entre os Estados Unidos e o Iraque e as ações não autorizadas efetuadas por funcionários norte-americanos do Departamento de Agricultura em território brasileiro.

Benedita convocada para discutir Assistência Social

A ministra da Assistência e Promoção Social, Benedita da Silva, terá de prestar esclarecimento à Câmara a respeito do financiamento da sua pasta. A Comissão Especial que analisa a PEC 431 - que vincula 5% dos recursos do orçamento da Seguridade a projetos na área da Assistência Social - aprovou requerimento do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) convocando Benedita a explicar os planos do ministério para a ampliação de programas de assistência social. Especialistas de diversos órgãos também devem prestar esclarecimentos sobre as dificuldades para o cumprimento das diretrizes da Lei Orgânica de Assistência Social e discutirem fórmulas alternativas de financiamento do setor.

Fogo Amigo

"É um pecado o que fizeram com os velhinhos. Como sou religioso, para mim quem maltrata os idosos vai para o inferno" - Senador Mão Santa (PMDB-PI), ao criticar da tribuna a atitude do governo Lula de obrigar idosos com mais de 90 anos a comparecer aos postos da Previdência para provar que estão vivos.

"Não tenho dúvidas de que a retomada do acordo com o Fundo é para fazer superávit primário, ou seja, cortar na carne gastos sociais de saúde e educação. Palloci não convence: esse empréstimo é cerceador do crescimento" - Deputado Ivan Valente (PT-SP), sobre o acordo firmado com o FMI. Eu sei o que vocês prometeram na eleição passada "Eu não quero que um ministro tome decisão apenas com base numa estatística, que é fria, não tem coração, sentimento. Quero que eles conheçam o Brasil para que, cada vez que tiverem de tomar uma decisão, saibam que estão mexendo com gente."

- Candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em 2 de outubro de 2002, um ano antes de seu ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, determinar, de maneira desumana e arbitrária, a suspensão dos benefícios para aposentados e pensionistas com mais de 90 anos, sob o pretexto de recadastrá-los. Após o anúncio do governo, centenas de idosos, a maioria deles com saúde precária e sem condições de locomoção, correram aos postos do INSS para tentar cumprir a decisão absurda.

PSDB

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