A guerra civil disfarçada

            Nos últimos dias de novembro de 2010, os mais incrédulos devem admitir a realidade.

           14130.jpeg Existe uma guerra civil sendo travada no Rio de Janeiro.  Em dezesseis horas, foram queimados doze carros e ônibus na cidade.  Cabines da Polícia Militar metralhadas por bandidos organizados, que não estão dando tréguas ao vandalismo e ao combate armado.

            "É o preço que se paga de ter afogado o tráfico", diz uma autoridade.  Sem dúvida que é, mas não só isso.

            O combate ao crime organizado obteve muito êxito nos dois últimos anos.  É verdade que os policiais exageraram um pouco na dose indicada.  Mataram demais, a chefia ficou desorganizada, o tráfico acuado e o crime voltou a ser como nos anos 50: assalto a motoristas de táxi, totalmente indefesos.  Agora, a guerra aberta.  Vítimas poucas, mas talvez por sorte.

            Alguns asseguram que as ordens estão sendo dadas pelos chefões presos, no Paraná, inclusive.  É possível.  Mas se conhecem a origem, por qual motivo não silenciá-la?

            O governo federal diz que as tropas da Força de Segurança estarem prontas para ajudar.  O governador Sérgio Cabral recusa.  Não sem motivo.  A última vez que aqui atuaram, os policiais tinham mais medo de levar um tiro amigo, tão despreparadas são para o combate, do que levar um tiro de um marginal.

            Em boa hora o povo ordeiro disse não aos covardes e pusilâmines defensores do desarmamento.  O cidadão de bem, trabalhador e honesto, necessita de arma para defender sua residência.  Não o revólver ou pistola, difíceis de uso com precisão, mas carabinas trinta e oito e espingardas calibre doze, de repetição.  Este é um direito que não pode ser cerceado, dificultado.

            É necessária lei federal que facilite aos extremos a compra destas armas, que devem ser mantidas em casa, sem qualquer restrição a quem provar não ter antecedentes criminais e trabalho certo.

            Caso o governo não assegure tal fato plenamente, está jogando ao lado dos bandidos, o que não é nada impossível. 

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Jorge Cortás Sader Filho é escritor

 

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