Lula pede fortalecimento das Nações Unidas

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ressaltou a importância de fortalecimento da ONU (Organização das Nações Unidas) para ações que considera fundamentais como a inclusão social a defesa da democracia e o combate ao terrorismo.

As afirmações foram feitas durante discurso na conferência "Combatendo o terrorismo em prol da humanidade", realizada nesta segunda-feira em um hotel de Nova York (EUA).

Segundo Lula, são necessárias ações coordenadas, "conduzidas por lideranças capazes de combinar firmeza no combate а violência com um claro compromisso com a democracia e a inclusão social." "Não podemos prescindir da ONU em nossos esforços. Enfraquecê-la significa fortalecer os inimigos da paz", enfatizou.

Terrorismo

O presidente falou sobre os atentados que atingiram os Estados Unidos, Bali, Riad e Casablanca e destacou o "11 de Setembro" como episódio que "ficará gravado em nossa memória como o marco trágico de um ciclo de violência que infelizmente não parece prestes a terminar."

Segundo Lula, o principal empecilho a uma cooperação mais efetiva contra o terrorismo é político. Para o presidente brasileiro, são necessárias iniciativas diplomáticas, legitimadas pelo direito internacional.

"O Brasil reitera seu mais profundo repúdio a todas as formas e manifestações de terrorismo. Nossa constituição o qualifica como crime hediondo", destacou Lula.

Atuação brasileira

O Brasil, afirmou Lula, ratificou nove dos 12 acordos universais sobre terrorismo negociados no âmbito das Nações Unidas, Agências Especializadas e da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Segundo o presidente, três dos acordos já estão em tramitação no Congresso Nacional.

O presidente falou também sobre o que considera uma das formas mais eficazes de combater o terrorismo: "sustar suas fontes de financiamento."

"Aprovamos, em julho passado, legislação que tipifica expressamente o terrorismo e seu financiamento como crimes antecedentes ao da lavagem de ativos. Cooperamos na região com o Comité Interamericano contra o Terrorismo, o Grupo de Ação Financeira da América do Sul e o Grupo de Trabalho Especializado sobre Terrorismo do Mercosul", explicou.

Lembrança

O presidente encerrou sua participação com um pensamento em memória do embaixador brasileiro Sérgio Vieira de Mello, morto após um atentado no Iraque, e para os demais funcionários da Organização que morreram no atentado de Bagdá. Lula disse que o exercício, pelo povo iraquiano, de sua soberania e autodeterminação é condição essencial para a estabilização do país.

"O terrorismo é sintoma de mal-estar social. Apoiar valores democráticos e de respeito aos direitos humanos, e promover o desenvolvimento econômico das nações e o bem-estar social dos povos são formas de construir sociedades saudáveis, imunes ao terrorismo", concluiu.

Parttido dos Trabalhadores

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