A notícia principal do Vote Brasil de 29/3/2010 vem do Wall Street Journal. Abre manchete afirmando que o Brasil encontrou o seu caminho.
Verdade até certo ponto, e um otimismo inexplicável, pois nunca podemos prever o que está por trás de afirmações norte-americanas, sempre com finalidades econômicas ou políticas.
A nação está rica, e que ninguém pense que é obra dos governos pós-revolucionários. Não é.
Este processo tomou fôlego no Segundo Império, quando foram plantadas as primeiras sementes do desenvolvimento. Pedro II cuidou bem do país e seus sucessores republicanos, uns mais e outros menos, como em toda história de uma nação.
Privilegiado por riquezas naturais diversas, o Brasil veio num crescendo que se tornou grande com o esforço da sua indústria e atividade no campo.
Socialmente ainda desconjuntado, sem educação, saúde, saneamento básico, segurança e outros fatores decorrentes, como a ainda deficiente mão de obra qualificada, em número relativamente baixo, excesso de tributos e vou parando para não encher página. Mesmo com esta deficiência, consegue sobreviver bem.
Agora aparece uma riqueza desconhecida, o petróleo de águas muito profundas, em quantidade muito grande. Ora, para quem já está indo com folgas, não é preciso ser analista do Wall Street Journal para concluir que realmente o país despontou como nação grande. Daqui para frente, se o governo e os políticos permitirem, é só caminhar trabalhando e ir percebendo o gradativo crescimento.
Para complementar, uma melhor distribuição de renda. Sim, sabe-se que o problema é mundial. Mas não custa começar o trabalho e estudos sérios neste sentido. Aí sim, teremos um Brasil Grande.
Jorge Cortás Sader Filho é escritor
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