Às portas do Euro 2004, esta equipa portuguesa não convenceu ninguém, se bem que foi um jogo-treino com muita experiência à mistura. Porém o resultado fala por si e há que lembrar que o Portugal de Filipão ganhou 11 pontos dos 21 possíveis.
9 meses, sete jogos e 11 pontos dos jogos contra a Itália, o Brasil, Holanda, Espanha, Paraguai, Bolívia e Cazaquistão, não é palmarés de campeão. Viu-se em Guimarães, onde a equipa nacional foi compreensivamente derrotada por uma Espanha que jogou de forma mais inteligente e acutilante.
As equipas alinharam:
Portugal Ricardo; Miguel, Fernando Couto (cap.), Meira, Nuno Valente; Costinha, Maniche, Figo, Rui Costa; Sérgio Conceição e Pauleta e ainda Quim, J. Andrade, Rui Jorge, Boa Morte e Frechaut.
Espanha Casillas; Salgado, Marchena, Juanito, Puyol; Etxeberria, Baraja, Xabi Alonso, Vicente; F. Torres, Raul e ainda Cañizares, Valerón, Romero, Tristán, Xavi, Reyes e Joaquín.
A equipa portuguesa mostrou-se perdulária nos remates, deixou enormes espaços entre a sua defesa e o meio campo, não conseguiu trocar a bola e não encontrou qualquer solução para virar o jogo.
Aos 7, Pauleta conseguiu rematar a bola para fora, depois de ter sido isolado por Conceição, feito que foi castigado quase de imediato: depois de Salgado ter testado o Ricardo, que agarrou o remate à segunda tentativa, Etxebarria marcou para Espanha aos 12.
Primeiro Torres, para a equipa espanhola e depois Rui Costa, falharam o alvo até que Baraja bateu num poste aos 32 com um pontapé dum livre directo. O primeiro canto para Portugal aconteceu aos 41, que diz tudo.
Na segunda parte, Portugal teve azar em não empatar o jogo, quando Jorge Andrade quase converteu o canto de Luís Figo aos 56 e um minuto mais tarde, Pauleta falhou por centímetros.
Aos 61, o recém-naturalizado Deco substituiu o Rui Costa mas não conseguiu virar o jogo. Quase de imediato, Espanha marcou o 2-0, aos 62, Joaquín terminando um contra-ataque da forma mais eficaz.
Tristán deixou recado claro a Ricardo no minuto 70, com um remate forte bem defendido pelo guarda-redes do SC Portugal mas aos 75, o mesmo Tristán fixou o marcador. 3-0 para a Espanha.
Os lenços brancos dos adeptos portugueses foram aceites por Scolari, que assumiu a culpa.
No entanto não esteve o Scolari a jogar. Se uma equipa de profissionais de futebol que ganham centenas de milhares de Euros cada um por mês e que joga futebol todas as semanas ao mais alto nível não consegue sequer passar uma bola, dificilmente se sagrará de campeão da Europa.
A jogar assim, sai no final da primeira fase da competição.
Márcia MIRANDA PRAVDA.Ru In Guimarães
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