Deputados federais punidos com desligamento temporário por 60 dias comentaram nesta tarde a decisão da Comissão Executiva Nacional, todos ressaltando que não pretendem deixar o partido. Eles foram punidos por descumprir decisão do Diretório Nacional e da própria Executiva, que haviam fechado questão em favor da aprovação da reforma da Previdência.
Em entrevistas à Folha Online, Maninha (DF), Orlando Fantazzini (SP), Ivan Valente (SP) e João Alfredo (CE) afirmaram que consideraram a punição muito alta, declarando ainda que não teriam tido direito à defesa - o presidente do PT, José Genoino, relatou, porém, que houve "de três a quatro" reuniões com os oito parlamentares, até momentos antes da votação.
"Foi uma pena muito severa ", afirmou Maninha (DF). " Reconheço que o partido tem o direito de sancionar, mas acho que foi uma punição muito alta", afirmou Fantazzini. "Eu digo que é um preço alto por manter a coerência com noções históricas do PT ", disse Valente. "Não nos foi dado direito de defesa, mas nessa altura não se tem mais parâmetros para esperar alguma coisa do PT ", afirmou João Alfredo.
Mauro Passos (SC), por sua vez, argumentou que os punidos poderão discutir se apresentam recurso ao Diretório Nacional. A mesma intenção foi manifestada por Chico Alencar (RJ) à Agência Estado, no Rio. "Os mesmos que defenderam essa punição forte são liberalíssimos nas relações do PT com outras forças políticas", disse.
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