O senador Aloizio Mercadante anunciou terça-feira, 18/8/2009, que subiria na tribuna e pediria a renúncia da liderança do PT no Senado Federal.
Não se conformava, conforme afirmou, com as manobras feitas naquela Casa para arquivarem denúncias que estavam sendo feitas ao também senador José Sarney.
No dia seguinte, quando todos esperavam o seu pronunciamento que prometia ser veemente, sobe na tribuna sim, mas para anunciar que errei ao dizer que anunciaria uma renúncia irrevogável, mas gostaria que vocês conhecessem as razões mais profundas que me levaram a essa decisão e cometeu o fiasco político de permanecer como líder, num gesto de fraqueza, obedecendo ordens de Lula.
O motivo principal é óbvio. Proteger tanto o governo no caso Sarney, como a candidatura de Dilma. Mercadante deveria ter renunciado, ganharia forças e estaria agora acima de Lula e todo o PT. Renunciando por causa de uma manobra política suspeita, seria o vitorioso no conflito. Seria, sem dúvida, a figura política mais importante do seu partido, acrescentado ao enorme prestígio político que faria jus.
Errou feio. Perdeu a oportunidade de subir, quando agora faz coro com o arquivamento. Se ele afirma que é um absurdo, é apenas uma afirmação. A realidade é outra.
Lula temia que Mercadante abrisse os olhos; seria batido pelo senador.
Agora é tarde, Mercadante. Com o futuro assegurado, podendo tomar as rédeas de um partido que a cada dia perde mais o seu valor, a ponto do próprio presidente do IBOPE afirmar que Lula não faz seu sucessor, Aloizio deixou passar a oportunidade.
Deixou passar, perdeu.
Jorge Cortás Sader FilhoSubscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter