Violação das visitas nas cadeias de S.Paulo

No Estado de S.Paulo, no Brasil, estamos a trabalhar com todos as forçaspara acabar com as horríveis e perturbadoras procuras invasivas no corpo das visitas de familiares de presos, especialmente as mulheres, se querem entrar, são forçadas a despir-se completamente, a agachar-se três vezes e, por vezes, são objecto de “pesquisa nas cavidades do corpo” realizada através da introdução de um dedo de uma guarda na vagina da visita.

Entre uma pesquisa destas e a seguinte não há sequer mudança de luvas.

Muitos juizes concordam que tais práticas são ilegais e que ofendem a dignidade da pessoa humana, mas ao mesmo tempo não acreditam que a nossa denúncia seja suficiente para acabar com elas. Se é certo que algumas mulheres tentaram introduzir droga dessa maneira nas prisões, são poucas e raramente o fazem. Estamos de acordo que é preciso manter a segurança mas terá de haver outras maneiras de o fazer.

Mulheres de 60-70 anos são sujeitas a tratamentos deste tipo quando vão visitar os seus familiares. Também as crianças o podem ser. Muitas não voltam por não quererem sujeitar-se outra vez a tais práticas. Uma menina relatou-nos o tratamento traumáticos que sofreu para poder visitar a sua mãe.

Estamos curiosos por saber quantos países no mundo praticam este tipo de invasão do corpo dos visitantes e quantos países aboliram estas práticas odiosas

Heidi Cherneka

Pastoral Carcerária em São Paulo e também, com o Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC), uma ONG em são Paulo Rede de Estudo sobre Mulheres Presas em S. Paulo.

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