Governo prevê crescimento de 3,5% para 2004

"A base de comparação deprimida dos três primeiros trimestres de 2003 e a recuperação mais enfática da economia a partir do último trimestre irão garantir importante carryover para 2004, tornando possivelmente conservadoras projeções de crescimento próximo a 3,5% para o próximo ano", afirma o boletim, preparado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do ministério.

Segundo o boletim, o sucesso do governo em estabilizar os preços, a melhoria das condições para a rolagem da dívida interna, a recomposição das captações externas privadas e a melhoria dos indicadores externos criam um ambiente favorável à ampliação da absorção doméstica, que em conjunto com as exportações, vão reativar o crescimento principalmente a partir do último trimestre de 2003.

O documento destaca o recuo da inflação no mês de junho, que surpreendeu favoravelmente o mercado com taxas mais baixas do que a expectativa inicial.

Segundo avaliação dos técnicos da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, a desaceleração generalizada dos preços ocorreu devido à reversão das principais pressões altistas de 2002 com o desaquecimento da atividade econômica. Eles destacam que as perspectivas são de permanência da trajetória de queda dos índices nos próximos meses e a sua progressiva convergência para as metas de inflação.

O boletim afirma ainda que a agricultura será um dos principais setores que ajudarão a fortalecer o cenário macroeconômico brasileiro em 2003. O documento lembra que o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária registrou um crescimento de 8,6% no primeiro trimestre de 2003 em relação ao ano passado.

Segundo a análise do ministério, o envio das propostas de reforma da Previdência e tributária ao Congresso e sua aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) favoreceram a redução do risco país, da inflação e contribuíram para a valorização do real em relação ao dólar.

"A volta do crescimento industrial, de forma sustentada, requer mudanças estruturais profundas, vinculadas à reforma tributária, ao aprimoramento do marco regulatório de diversos setores chaves como energia e comunicação, e a revisão do arcabouço legal referente à concessão do crédito. Essas reformulações, em conjunto com a reforma da previdência, já encaminhadas pelo governo, é que permitirão, de fato, reduzir os custos e estimular a efetiva implementação de planos de investimento, elevando assim, de forma permanente, o patamar da formação bruta de capital fixo", diz o boletim.

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