O Comando-Geral de Técnologia Aeroespacial (CTA) da Aeronáutica brasileira testou o motor do Veículo Lançador de Satélites (VLS-1), nesta segunda-feira (20), com sucesso, em São José dos Campos (SP). Este é o primeiro propulsor de foguetes brasileiro o mesmo que sofreu um incêndio na base de lançamentos de Alcântara há cinco anos.
Na ocasião do acidente, uma ignição antecipada do propulsor causou a morte de 21 técnicos na base no Maranhão, em 2003. Desta vez, tudo ocorreu bem. O teste foi acompanhado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e pelo comandante da Aeronáutica, Juniti Saito.
Atualmente, o valor repassado para o projeto é de R$ 50 milhões anuais, mas diante do sucesso desta etapa, o governo poderá liberar mais verbas para a continuidade.
"Foi um teste importante. Nós agora retomamos algo vital para nós, que é exatamente a propulsão de um foguete que possa levar satélites e que está dentro de nossa proposta estratégica. Com aquilo a que assistimos hoje, temos a possibilidade de ter o nosso satélite no ar já em 2012 ou 2015", disse Jobim a Folha On-Line, referindo-se ao satélite geoestacionário que o Brasil planeja construir.
Chamado S43, o propulsor testado ontem integra o segundo dos quatro estágios do VLS. Ele possui cerca de um metro de diâmetro, carrega 7.100 kg de propelente sólido e tem potência equivalente à de 700 carros populares.
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